A assistência ao paciente portador de feridas deve ser realizada de forma integral e humanizada. Diante disso, o envolvimento precoce de acadêmicos no meio hospitalar facilita não só a aprendizagem, mas também permite a associação teórico-prática para a atualização e efetivação dos procedimentos de enfermagem. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência dos discentes que acompanharam e realizaram os cuidados de enfermagem aos pacientes portadores de feridas hospitalizados no HU-UNIVASF. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido no contexto da disciplina Práticas do Cuidar I, do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco. O desenvolvimento das práticas hospitalares ocorreu em maio de 2018 em Petrolina - PE, onde os acadêmicos foram instruídos a acompanhar alguns pacientes, sendo a maioria portadores de feridas e os curativos realizados pelos discentes. A participação no cotidiano dos pacientes permitiu o aprimoramento do conhecimento dos estudantes a partir da aproximação por um caso clínico, no qual houve o acompanhamento através da realização do curativo durante cinco dias, sendo utilizadas coberturas como a sulfadiazina de prata, hidrogel com alginato de cálcio e Ácido Graxo Essencial (AGE) na cobertura primária e na secundária, compressas e ataduras. Dessa forma, obteve-se como resultado o estágio de granulação da ferida no último dia de práticas, sendo o paciente preparado para receber a alta hospitalar. Seguindo a proposta de aproximação dos acadêmicos ao meio hospitalar, sobretudo no que diz respeito ao paciente portador de feridas, foi possível visualizar a atuação do enfermeiro nesse segmento, a partir da aplicação do processo de enfermagem, em que foram realizadas todas as etapas – coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação, tendo como principais diagnósticos a integridade da pele prejudicada, volume de líquidos excessivo, risco de infecção e risco de baixo autoestima situacional. Assim, foi possível observar a dificuldade do serviço em conseguir as coberturas ideais para o estágio da ferida, além de compreender a necessidade do conhecimento acerca dos tipos de coberturas e capacitação profissional sobre os cuidados específicos com a ferida. Tal vivência proporciona aos acadêmicos uma formação diferenciada, visto que corrobora para a construção de cidadãos críticos e profissionais voltados ao cuidado com o paciente de forma integral.