Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
A IMPORTÂNCIA E ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UMA ORGANIZAÇÃO DE PROCURA DE ÓRGÃOS (OPO): UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
AMANDA DE ALFAIA ROCHA
Autores:
- Tallyta Oliveira da Silva
- Maria de Fátima Albuquerque Rodrigues
- Josivani Maia Ferreira
- Hellany Karolliny Pinho Ribeiro
- Monaliza de Goes e Silva
- FLAVIA DANIELE DE ALENCAR MEDEIRO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: OPO é o organismo com papel de coordenação supra hospitalar responsável por organizar, em conformidade com o estabelecido no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, as atividades relacionadas ao processo de doação de órgãos e tecidos. O enfermeiro está inserido na manutenção do possível doador, identificação e busca de soluções para as fragilidades do processo, construção de parcerias, desenvolvimento de atividades de trabalho e na capacitação para identificação e efetivação da doação. Objetivo: Compreender a importância e atuação do enfermeiro em uma Organização de Procura de Órgãos. Metodologia: Trata-se de relato de experiência vivenciado por enfermeiras e acadêmicas de enfermagem em uma OPO de um serviço de urgência e emergência, no Norte do Brasil, no período de maio a junho de 2018. Resultados: Identificou-se que as enfermeiras da OPO em questão realizavam a busca ativa de usuários em possível Morte Encefálica (ME) visando identificar possíveis doadores de órgãos e tecidos, geralmente internados em Unidade de Terapia Intensiva e Pronto atendimento, que estavam em ventilação mecânica, com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, Traumatismo Cranioencefálico e/ou que sofreram hipóxia. Notou-se que a manutenção do possível doador exige conhecimento teórico e prático, das enfermeiras, já que estas elaboravam condutas, juntamente do médico, a partir da leitura e interpretação de exames laboratoriais (bioquímicos, hemograma, gasometria arterial e venosa) como auxílio para viabilizar órgãos e tecidos a serem doados caso a família do usuário esteja de acordo. Para tal, é necessária a abertura de um protocolo que faz a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Consiste de dois exames clínicos, realizado por médicos diferentes que serão auxiliados pelas enfermeiras, e ainda um exame complementar de imagem. Após a confirmação do diagnóstico, ocorre a entrevista familiar onde será discutida a possibilidade da doação. Por fim, também auxiliavam no processo de captação no acondicionamento correto dos órgãos autorizados a serem doados. Conclusão: Foi possível visualizar a importância e atuação do enfermeiro no processo, visto que estes auxiliam na detecção precoce do diagnóstico de ME em pacientes cujos familiares estão aflitos aguardando respostas. Além disso, contribuem na manutenção da qualidade do órgão a ser recebido por usuários que aguardam, por vezes anos, em filas de transplante, sua última opção de tratamento.