Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DA DOENÇA AGUDA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2015-2017
Relatoria:
ROUDOM FERREIRA MOURA
Autores:
- Teresa Cristina Gioia Schimidt
- Jaqueline Freire dos Santos
- Nathalia Alves de Jesus
- Karla Laísa Gomes da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: No Brasil e Estado de São Paulo, a Doença Aguda pelo Vírus Zika (DAVZ) foi confirmada, através da transmissão autóctone, a partir de 2015. O Ministério da Saúde do Brasil considera que todo caso suspeito da DAVZ deve ser notificado em todas as instituições de saúde. A despeito da notificação obrigatória da DAVZ em todo Território Nacional do Brasil, existem poucos estudos abordando sobre perfil epidemiológico desse agravo à saúde. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados da DAVZ na população geral. Método: Estudo descritivo, baseado em dados secundários, derivados das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Estado de São Paulo (ESP) com recorte dos casos confirmados que apresentaram início dos sintomas entre 2015 e 2017. Os casos da DAVZ foram confirmados por critério laboratorial e clínico-epidemiológico. Foram selecionadas variáveis a partir da ficha de notificação/conclusão da doença. Para a análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, aplicando-se os Softwares TabWin 3.6b, Microsoft Excel 2010 e o Programa R 3.5.1/RStudio. Resultados: Foram notificados 12.325 casos da DAVZ no ESP. Destes, 4.728 foram confirmados. A confirmação se deu, na maioria, pelo critério clínico-epidemiológico (72,1%). A idade média em anos foi de 34 com desvio padrão de 17. A maior proporção das confirmações dos casos ocorreu nos indivíduos do sexo feminino (73,9%); não gestantes (78,4%); de cor branca. Houve evolução, para os dois primeiros anos, do número de municípios que confirmaram casos da doença (2015 – 23 e 2016 – 141) e da Taxa Média de Incidência (TMI) por 100.000 habitantes (2015 – 0,2 e 2016 – 10,1). O maior risco da enfermidade para os anos de 2015 a 2017, ocorreu no município de Marapoama (2015 – 34,7 casos por 100.000 habitantes), Jardinópolis (2016 – 1.192,2 casos por 100.000 habitantes) e Taiacu (2017 – 175,9 casos por 100.000 habitantes). Os municípios que apresentaram casos confirmados para os três anos foram: Campinas, São José do Rio Preto, São José dos Campos e São Paulo. A maioria das confirmações dos casos ocorreu na área urbana (92,5%), sendo averiguados como casos autóctones (95,1%) e não foram constatados óbitos. Conclusão: A DAVZ ocorreu em todas as faixas etárias, sendo a principal em adultos como já é observada para outras arboviroses urbanas. Houve redução da TMI para o ESP de 2016 para 2017. No entanto, novos municípios apresentaram elevadas taxas de incidência em 2017.