Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
ADAPTAÇÃO CULTURAL E DESEMPENHO PSICOMÉTRICO DO INSTRUMENTO DE EMPODERAMENTO PSICOLÓGICO PARA O BRASIL
Relatoria:
MAYARA LARISSA NILSEN SCHUMAHER
Autores:
- Neusa Maria Costa Alexandre
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Tese
Resumo:
Empoderamento psicológico está relacionado a uma sensação de motivação em relação ao trabalho, contribuindo com o aumento da satisfação, do comprometimento organizacional, de comportamentos inovadores e da qualidade da assistência ao paciente, e auxilia na redução do Burnout, do desgaste no trabalho e do quadro de rotatividade de profissionais. Trata-se de um instrumento composto por 12 itens subdivididos em quatro subescalas (Significado, Competência, Autodeterminação e Impacto). OBJETIVOS: Realizar a adaptação cultural do PEI para o Brasil, assim como verificar as propriedades psicométricas em uma amostra de enfermeiros. MÉTODOS: Estudo metodológico, de corte transversal, envolvendo 219 enfermeiros. O processo de adaptação cultural se desenvolveu por meio de etapas recomendadas internacionalmente. Foi verificado a confiabilidade, validade concorrente, validade da estrutura fatorial, validade convergente e discriminante, efeito teto/chão e praticabilidade do instrumento. RESULTADOS: Pequenas modificações no PEI-Br foram realizadas com a finalidade de adaptar o instrumento para o Brasil. A maioria dos sujeitos eram do sexo feminino (85,4%) e com média de 35,7 (7,8) anos. Todas as subescalas apresentaram Variância Extraída Média (VEM), alfa de Cronbach e Confiabilidade Composta (CC) adequados, exceto a subescala “Impacto” (VEMImp = 0,39; CC= 0,65; α= 0,63). Na avaliação da estabilidade (teste-reteste) não apresentaram os índices recomendados as subescalas “Competência” e “Impacto”. Todas as correlações entre PEI-Br e os outros instrumentos foram significativas. Os índices da estrutura fatorial do modelo hierárquico de segunda ordem foram [λ = 0,47 a 0,84; χ2 / gl = 1,84; GFI = 0,93; CFI = 0,96; TLI = 0,94; RMSEA = 0,06 (IC 90% = 0,04-0,08). Não houve necessidade de exclusão ou refinamento do modelo. Na avaliação do efeito teto/chão, observou-se que não houve efeito chão para as subescalas e pontuação total, contudo, as subescalas “Significado” (42,5%) e “Competência” (32,0%) apresentaram efeito teto. O instrumento foi considerado de fácil compreensão pelos enfermeiros. CONCLUSÃO: O PEI-Br apresentou propriedades psicométricas adequadas para a amostra de enfermeiros. O PEI-Br é um instrumento inédito no Brasil para avaliação do construto de empoderamento psicológico, que pode ser utilizado para pesquisas futuras de trabalhadores.