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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
AUTOMEDICAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Relatoria:
LANA QUELE PEREIRA DA SILVA
Autores:
  • Vitória de Barros Siqueira
  • MONICA LARISSA DO NASCIMENTO PAES OLIVEIRA
  • MARIANA PEREIRA GAMA
  • AISLANY WARLLA NUNES
  • DANIELLY COELHO DE MELO
  • LANUZA DOS SANTOS BRITO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ética, Legislação e Trabalho
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O local de trabalho exerce influências sobre a vida e a saúde dos trabalhadores. Os profissionais de saúde encontram-se ainda mais expostos a tais influências, sobretudo os de Enfermagem, que pelas rotinas desgastantes podem, como medida de alívio, recorrer à automedicação. Objetivo: investigar a prática da automedicação entre os profissionais de enfermagem atuantes em um hospital universitário. Método: Estudo descritivo, quantitativo, de corte transversal que utilizou para coleta de dados questionário semiestruturado, autoaplicado a enfermeiros e técnicos de enfermagem, contendo questões relativas ao perfil social e demográfico, características das atividades laborais e utilização de medicamentos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNIVASF sob o CAAE: 69694017.6.0000.5196. Os dados foram tabulados no Software Epi Info 7.02 e apresentados por meio de frequências absolutas, relativas e médias, analisando-se possíveis associações entre as classes profissionais e as variáveis independentes através do teste Exato de Fisher. Resultados: participaram da pesquisa 204 profissionais, destes 73,2% eram técnicos, com média de idade de 37,7 anos (técnicos) e 34,1 anos (enfermeiros); ambos com carga horária de trabalho média de 39,8 horas semanais; Quanto à automedicação, 85% dos técnicos e 87,2% dos enfermeiros afirmam praticá-la (p=0,85). Apresentaram significância estatística as variáveis uso de medicação no momento da pesquisa, 18,37% dos técnicos e 34,55% dos enfermeiros (p=0,02) e utilização regular de medicamentos para dormir, 23,81% entre os técnicos e 40% entre os enfermeiros (p=0,03). Em relação ao uso de analgésicos 72,7% dos técnicos e 81,8% dos enfermeiros afirmaram utilizá-los (p=0,25). A carga horária semanal menor ou maior que 30 horas não apresentou significância estatística em relação à automedicação (p=0,08). Conclusão: os enfermeiros estavam utilizando mais medicações que os técnicos no momento da pesquisa e também fazem uso mais regular de medicamentos para dormir. Quanto à automedicação, esta é comum entre as duas classes o que denota que esta prática pode se relacionar com os desconfortos oriundos da atividade profissional assim como, com o conhecimento da equipe de enfermagem sobre medicações. Tais achados apontam para a grande necessidade de aprofundamento sobre situação de saúde da equipe de enfermagem para orientação de medidas de prevenção do adoecimento destes profissionais.