Introdução: Sabendo que a equipe de enfermagem é a linha de frente no cuidado ao paciente apresentando agitação psicomotora, torna-se indispensável o fortalecimento constante da qualificação desses profissionais. É notório que equipes que atuam no atendimento de urgência e emergência e serviços de saúde mental lidem mais frequentemente com essa clientela. Objetivo: verificar como a equipe de enfermagem entende o procedimento de contenção mecânica, bem como analisar diferenças entre Protocolos Operacionais Padrão que tratam diretamente do tema em questão. Metodologia: Optou-se pela revisão da literatura com caráter descritivo, crítico e reflexivo, com a finalidade de analisar pontos divergentes e congruentes nos diferentes protocolos sobre contenção mecânica. Procedeu-se uma busca em banco de dados virtuais no âmbito da saúde, conselhos de classe e livros, com resultados encontrados entre os anos de 1981 até 2017. Resultados: Evidenciou-se, neste estudo, que o profissional de enfermagem é quem está diretamente vinculado à realização da contenção mecânica, o que justifica o fato de 86% das publicações acerca do tema serem escritas por enfermeiros. O maior número de publicações aconteceu entre 2013 e 2017, sendo que 27,6% no Estado de São Paulo. No entanto, o que norteia, desde o ato inicial até o momento em que o paciente é liberado da contenção mecânica, são os Protocolos Operacionais Padrão, que ainda divergem em vários pontos, entre si. Neste contexto foram analisados, com a finalidade de comparação, seis Protocolos Operacionais de instituições das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, verificando-se disparidades entre os tópicos analisados: avaliação (pontos fundamentais de atenção) e riscos (danos que podem ser desencadeados pela contenção mecânica). Conclusão: O autor entende ser indispensável uma potencial unificação dos protocolos operacionais padrão voltados para a contenção mecânica, desta maneira instrumentalizando e subsidiando a atuação da equipe de enfermagem em todos os momentos deste procedimento.