Introdução: atualmente na atenção domiciliar, pacientes com Lesão por Pressão (LP) têm sido encontrados com frequência em relatos da prática clínica e em publicações. O cuidado de enfermagem as LP dos pacientes no cuidado domiciliar é um desafio frente às limitações em proporcionar um ambiente adequado para a cicatrização e a adesão do paciente e da família ao tratamento. Assim, deve-se pensar em estratégias para acompanhar a evolução dessas lesões no domicílio. Objetivo: avaliar a cicatrização de lesões por pressão em pacientes na atenção domiciliar de um hospital público do interior do estado de São Paulo. Método: estudo longitudinal observacional com amostra intencional de 28 pacientes atendidos em um serviço de atenção domiciliar no mês de junho e julho de 2018. Utilizou-se um instrumento próprio de coleta dados sobre as características das lesões, tais como: tamanho (comprimentos x largura); exsudato (quantidade e aspecto); tecidos presentes no leito da ferida e coberturas utilizadas. A cicatrização foi avaliada pelo instrumento Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH). Considerou-se apenas as lesões com avaliação em junho e a reavaliação após um mês. Dados em prontuário também foram utilizados. Estatística descritiva foi utilizada para analisar os dados. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 2.528.535). Resultados: no total foram avaliados 28 pacientes no período, dois pacientes foram excluídos da amostra por óbito e um por internação antes da reavaliação das lesões. Dos pacientes, 16 eram mulheres e a idade variou entre 57 e 98 anos. A média de lesões por paciente foi 2,75, com desvio padrão de 1,80. Predominaram os estágios II (28%) e III (30%). No total foram avaliadas 67 lesões no período, dessas sete lesões evoluíram para melhora na pontuação obtida pela escala de Push. Conclusão: o método utilizado se mostrou favorável para a avaliação de cicatrização de LP no contexto domiciliar, visto que são lesões complexas e de cicatrização lenta, ao se utilizar o escore de PUSH pode-se estimar quais lesões estão evoluindo para melhora em períodos menores. Como lacuna do estudo, destaca-se o tamanho da amostra e período de acompanhamento das lesões. Para trabalhos futuros, propõe-se a continuidade do estudo com mais pacientes.