INTRODUÇÃO:A segurança do paciente é definida como a redução ao mínimo aceitável do risco de danos desnecessários à atenção à saúde, em que a presença de eventos adversos pode acarretar incidente e trazer como consequências a ocorrência de impactos negativos tanto para os pacientes e familiares, quanto para as organizações e serviços de saúde. O cuidado prestado de forma insegura se configura como uma condição geradora de morbimortalidade, se tornando uma preocupação frequente, uma vez que os eventos adversos poderiam ser minimizados por meio da implantação de indicadores de segurança e de programas de monitoramento da qualidade na assistencial. OBJETIVO:Avaliar a qualidade da assistência de enfermagem frente às metas de segurança do paciente METODOLOGIA:Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de instituição privada de Teresina-PI, no período de junho a julho de 2017. A população foi composta por profissionais de enfermagem que prestam cuidados intensivos aos pacientes em estado crítico. A amostra totalizou 29 profissionais. A coleta dos dados foi realizada mediante a observação direta da assistência prestada. E foi utilizado um formulário fornecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que contemplou a Meta de Higienização das Mãos. Este estudo atendeu a todas as exigências da Resolução 466/12 e obteve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí sob parecer nº 2.111.945.RESULTADOS:Foram analisadas 64 assistências ao paciente, no que diz respeito à intervenções e cuidados de enfermagem quanto a meta de Higienização das Mãos, e nestas assistências, foram contabilizadas 217 oportunidades de higienização das mãos. O estudo evidenciou que o procedimento foi realizado em 74,2% das oportunidades, que o momento de maior adesão esteve associado ao contato ou risco de exposição a fluidos (100%) e ao contato com áreas próximas (31,9%). Ainda, que o controle do tempo mostrou que em apenas 16,4% dos casos o tempo foi inferior a 30 segundos. CONCLUSÃO:Os profissionais de Enfermagem não estão isentos de responsabilidade na busca pela segurança e devem ter um objetivo contínuo de aprimoramento dos conhecimentos técnico-científicos que embasem suas tomadas de decisões e uma assistência livre de danos. Contudo, a necessidade de auto avaliação deve ser constante trabalhando os pontos negativos e promovendo a melhora da qualidade de acordo com as falhas persistentes.