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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
A INCIDÊNCIA DO TRANSTORNO DEPRESSIVO EM PACIENTES SOROPOSITIVOS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA
Relatoria:
DAYANA SOUZA DE MELO
Autores:
  • Flavia Avelino Galvão de Moura
  • Denise de Assis Corrêa Sória
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: ao analisar o paciente soropositivo em um contexto histórico, este se apresenta como um grupo vulnerável, uma vez que a soropositividade carrega um estigma sociocultural que transpassa gerações. Nesse contexto identifica-se uma alta prevalência de sujeitos que desenvolvem um transtorno depressivo. Objetivos: identificar e analisar, nas produções científicas, a relação entre o transtorno depressivo e o paciente soropositivo. Metodologia: Trata-se de uma Análise Bibliométrica, com busca realizada nas plataformas digitais Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram utilizadas a correlação de HIV com depressão. Incluíram-se artigos completos em português, inglês ou espanhol, publicados de janeiro de 1980 a julho de 2018, relevantes ao tema. Excluíram-se revisões bibliográficas, teses, dissertações e artigos duplicados. Para coleta de dados, foram pesquisadas as seguintes variáveis: ano, local de publicação, categoria profissional de autores, e causas da depressão em soropositivos. Resultados: Foram encontrados 32 artigos. Em apenas um desses estudos não relatou-se associação do HIV com a depressão. Observou-se que houve um aumento discreto de produções cientificas ao longo dos anos, sendo o Brasil o país com maior número de publicações, seguido pelo Chile, Jamaica e Colômbia e Portugal. A participação de profissionais da enfermagem em autoria foi encontrada em cinco artigos, sendo medicina e psicologia as categorias profissionais com maior incidência. As principais causas para o desenvolvimento da depressão em soropositivos foram: Condições associadas aos sintomas físicos ou psicossomáticos, os distúrbios de auto percepção e o relacionamento interpessoal. Conclusão: Apesar da alta prevalência do transtorno depressivo em HIV positivo, a depressão é pouco abordada em comparação ao tratamento da AIDS. Tal realidade exerce um impacto negativo direto na vida do paciente soropositivo uma vez que, além do prejuízo psicossocial associado, evidencia-se uma não aderência ao tratamento quando instalado o transtorno. Sendo assim, ressalta-se a importância do profissional de enfermagem pois, por apresentar-se constantemente em contato com os pacientes, oportuniza a identificação das peculiaridades de cada indivíduo, facilitando o processo de acolhimento e implementação de estratégias específicas com foco na relação dos pacientes soropositivos com a depressão.