INTRODUÇÃO: Sífilis adquirida, uma patologia descoberta há mais de um século ainda presente nos dias de hoje. Sabe-se muito a respeito da fisiopatologia, do diagnóstico, do tratamento. No entanto as mudanças ocorridas após a descoberta da doença, no estilo de vida geral e sexual, das pessoas acometidas são ferramentas essenciais para a enfermagem na prevenção e promoção de saúde nessa temática. OBJETIVOS: O objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar a percepção dos pacientes frente ao diagnóstico de sífilis, verificar eventuais mudanças no estilo de vida e comportamento sexual. METODOLOGIA : Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem quantitativa, utilizando-se uma amostra probabilística aleatória. Para produção dos dados utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Participaram desta pesquisa 9 pessoas que foram diagnosticadas em 2017, com idade entre 18 e 75 anos, a média da idade foi de 46,5 anos. Houve um predomínio para o sexo masculino, baixa escolaridade, solteiro (a), com renda familiar de até 1 salário mínimo. Durante a análise dos dados observou-se o nível de conhecimento dos participantes, em relação à doença, as mudanças na vida que o diagnóstico trouxe e o comportamento sexual após o diagnóstico, . Analisou-se também, os sentimentos que os pacientes viveram após o diagnóstico, observarmos que 3 (33%) dos entrevistados demonstraram não sentir nenhuma sensação ao receber o diagnóstico, essa sensação pode ser interpretada como uma negação da doença. A mudança no comportamento sexual presente em 4 (44%) dos entrevistados, revela que o diagnóstico positivo para sífilis teve grande impacto, é possível interpretar esse impacto como positivo. Em contraponto 4 (44%) dos participantes da pesquisa demonstram que continuam a praticar o mesmo comportamento que os levou a adquirir sífilis, sendo esse comportamento sexual um risco para a saúde pública. CONCLUSÃO: A mudança na vida sexual se revelou um fator bastante preocupante, enquanto alguns participantes da pesquisa demonstram que houve uma mudança no comportamento sexual, um número igual de participantes, revelou não ter havido nenhuma mudança, ou seja, o mesmo comportamento sexual adotado antes do diagnóstico se mantém, essa revelação causa preocupação na tangente da cadeia de transmissão da sífilis e outras ISTs. Conclui-se que, se fazem necessários aconselhamento e acompanhamento psicológico, ações de educação e promoção da saúde sexual.