INTRODUÇÃO: a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas e silenciosas que atingem grande parte da população, sendo, inicialmente, caracterizadas como assintomáticas, dificultando a notificação precoce. Tais doenças podem ser de natureza genética, como também estão associadas aos hábitos de vida inadequados, principalmente, no que se refere à alimentação, atividades físicas e o uso excessivo de álcool e drogas. Nesse sentido, torna-se fundamental as discussões sobre assuntos relacionados ao controle do HAS e DM com mulheres em processo de ressocialização, pois a realidade carcerária impede o acesso às informações e estas ficam às margens do conhecimento sobre o controle, os sintomas e as complicações que essas doenças podem desenvolver. METODOLOGIA: estudo descritivo do tipo relato de experiência embasado na vivência de acadêmicos de enfermagem durante uma atividade educativa sobre HAS e DM desenvolvido pelo Projeto de Extensão Universitária intitulado “Saúde da mulher na prisão: uma proposta de promoção da saúde” que promove educação em saúde e assistenciamento às mulheres aprisionadas na Cadeia Pública Feminina de Petrolina-PE (CPFP). A atividade foi realizada no mês de julho de 2018 com, aproximadamente, 20 presas, sendo o conteúdo exposto de forma lúdica e atrativa através de dinâmicas interativas que permitiam que as presas pudessem expor o conhecimento que as mesmas tinham sobre a temática, estendendo assim a discussões e a compreensão das doenças. OBJETIVO: relatar as ações desenvolvidas com as reeducandas da CPFP a partir a proposta de melhorar a compreensão destas sobre HAS e DM. RESULTADOS: percebe-se que a iniciação de assuntos relacionados a saúde possui maior resolubilidade quando desenvolvida através de atividades interativas, pois possibilitam maior compreensão e apropriação acerca dos assuntos abordados. Além disso, nota-se que em indivíduos acometidos pela a HAS e/ou a DM a qualidade e o estilo de vida são afetados, direcionando, também, para a diminuição da expectativa de vida, uma vez que há a possibilidade da evolução para quadros clínicos mais graves, acarretando no aumento da demanda nos serviços de saúde para o tratamento das complicações. CONCLUSÃO: o desenvolvimento de atividades educativas em saúde na cadeia feminina, proporciona o entendimento das doenças crônicas às mulheres e aos futuros profissionais permite compreender a relevância desse tipo de atividade para promoção a saúde.