Introdução: a prática da liderança pelo enfermeiro tem se configurado como uma competência necessária para o desempenho do processo de trabalho em enfermagem, devido às expressivas exigências das organizações de saúde, referentes às qualificações desses profissionais. Constituindo assim, no processo de formação do enfermeiro como sendo um dos alicerces em desenvolver nos discentes algumas habilidades como solucionar problemas, trabalhar em equipe e comunicar-se que contribuam no ensino-aprendizagem da liderança. Constructo para o aprimoramento do julgamento clínico crítico e reflexivo num contexto que apresenta características complexas, competitivas, multidisciplinares e globalizadas. Objetivo: identificar a ótica dos discentes de enfermagem acerca do ensino da liderança. Método: pesquisa qualitativa, descritiva exploratória, realizada na Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Participaram do estudo, 40 discentes da graduação regularmente matriculados. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturada e oficinas dialógicas. Os dados foram analisados conforme a análise de conteúdo do tipo temática, O estudo possui aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa, sob o Parecer 1.479.217. Resultados: identificou-se que a inserção do ensino da liderança no semestre compreendido entre o terceiro até o sétimo período é incipiente conforme a percepção dos discentes, emergindo a liderança na figura do professor em sala de aula, sem ressaltar nos conteúdos teóricos. Contudo, evidenciou-se que a aproximação passa a ser estabelecida a partir do oitavo semestre por meio do componente curricular de gestão. Desvelando a necessidade desses discentes em compreender e entender a liderança, que assegure o seu desenvolvimento para a devida tomada de decisão. Para tanto, que sua ocorrência inicie desde o primeiro contato com o campo da prática, associado aos conhecimentos técnicos científicos adquiridos em sala de aula durante o período de formação. Conclusão: verificou-se que para os discentes a temática da liderança é pouco discutida nas salas de aulas, assim como, durante as práticas de campo, sendo percebida nas atitudes dos docentes ou profissionais envolvidos com a assistência. Demonstrando a importância da sua integração aos currículos do Curso de modo transversal.