INTRODUÇÃO: O pé diabético define-se como a entidade clínica de base etiopatogénica neuropática, induzida pela hiperglicemia sustentada, em que, com ou sem coexistência de Doença Arterial Periférica (DAP), e com prévio traumatismo desencadeante, se produz ulceração do pé. O diabetes mellitus inclui um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção de insulina e/ou em sua ação.A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é conceituada como um método de prestação de cuidados para a obtenção de resultados satisfatórios na implementação da assistência, com o objetivo de reduzir as complicações durante o tratamento, de forma a facilitar a adaptação e recuperação do paciente. OBJETIVO:Relatar a experiência vivenciada na prestação de assistência e cuidados de enfermagem ao paciente com pé diabético guiada nas etapas da SAE. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, construído na disciplina de Enfermagem em Saúde do Adulto e Idoso da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso durante as vivências práticas no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá-MT (PSMC). RESULTADOS: J.Q, 50 anos, divorciado, 3 filhos, evangélico praticante(3x por semana), analfabeto, autônomo com renda de um salário mínimo. Reside em casa de alvenaria com água encanada e luz elétrica, mas sem tratamento de esgoto.Portador de Diabetes mellitus há dez anos, tomando insulina regular todos os dias.Refere perda da visão do olho esquerdo. Internado no PSMC com lesão por pressão em MMII estágio IV. Através da anamnese e exame físico foram levantados os diagnósticos de enfermagem: Risco de glicemia instável, relacionado a atividade física diária menor que a recomendada para idade e gênero;Recuperação cirúrgica retardada, relacionado à agente farmacológico; diabetes mellitus; Integridade da pele prejudicada, relacionado há agente farmacológico; e pressão sobre saliência óssea, caracterizado por alteração na integridade da pele. Diante dos diagnósticos as intervenções foram: realizar curativo; orientar para os cuidados com a pele; monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção; desbridar a lesão por pressão, se necessário; aferir o dextro todos os dias antes da medicação. CONCLUSÃO: Nota-se que a implantação da SAE é de grande importância, pois proporciona um trabalho sistematizado envolvendo a equipe multiprofissional, tornando o cuidado mais eficiente, e individualizando as necessidades do paciente.