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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
ZIKA VÍRUS NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANÁLISE DESCRITIVA DOS CASOS CONFIRMADOS
Relatoria:
KARLA LAÍSA GOMES DA SILVA
Autores:
  • Roudom Ferreira Moura
  • Nathalia Alves de Jesus
  • Jaqueline Freire dos Santos
  • Teresa Cristina Gioia Schimidt
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Doença Aguda pelo Vírus Zika se tornou um problema de saúde pública nacional a partir de 2015. Nessa perspectiva, surgiu o enorme desafio da vigilância epidemiológica em reconhecer precocemente as novas áreas com transmissão, bem como o perfil epidemiológico dos casos a fim de minimizar o impacto dessa doença na população. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados da Doença Aguda pelo Vírus Zika no Estado de São Paulo em 2016. Método: Estudo descritivo, baseado em dados secundários, derivados das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-net) do Estado de São Paulo com recorte dos casos confirmados que apresentaram início dos sintomas em 2016. Para o cálculo da taxa de incidência, a população foi obtida por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika foram confirmados por critério laboratorial (reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR)) e clínico-epidemiológico. Foram selecionadas variáveis a partir da ficha de notificação/conclusão da doença. Para a análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, aplicando-se os Softwares TabWin 3.6b, Microsoft Excel 2010 e o Programa R 3.5.1/RStudio. Resultados: Foram notificados 10.449 casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika. Desses 4.513 (43,2%) foram confirmados, sendo 4.323 (95,8%) constatados como autóctones. A confirmação se deu, na maioria, pelo critério clínico-epidemiológico (73,3%). A mediana da idade foi de 33 anos com desvio padrão de 17. A maioria dos casos ocorreu nos indivíduos do sexo feminino (74,2%); não gestantes (78,3%) e com residência em área urbana (92,7%). Em relação as variáveis raça/cor e escolaridade: 44,3 % e 60,6%, respectivamente, não apresentaram informação. Os casos foram confirmados em 141 municípios, sendo o maior número em Ribeirão Preto (1023), Barretos (760) e Jardinópolis (505) e não foram confirmados óbitos. Conclusão: Os municípios de Jardinópolis e Barretos apresentaram maior número de casos e risco da doença (incidência de 1.192,22 e 633,61, respectivamente, por 100.000 habitantes). Além disso, Jaborandi, apesar de ter apresentado 77 casos, foi o segundo município com maior magnitude da enfermidade (incidência de 1.115,94 por 100.000 habitantes).