LogoCofen
Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
DESCRIÇÃO DOS CASOS CONFIRMADOS DA DOENÇA AGUDA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL, 2017
Relatoria:
JAQUELINE FREIRE DOS SANTOS
Autores:
  • Roudom Ferreira Moura
  • Nathalia Alves de Jesus
  • Karla Laísa Gomes da Silva
  • Teresa Cristina Gioia Schimidt
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A Doença Aguda pelo Vírus Zika foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2015. Neste mesmo ano, com registros em todas as Unidades da Federação do País, o Ministério da Saúde notificou a Organização Mundial de Saúde, que declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional. Em 2016, os casos suspeitos da Doença Aguda pelo Vírus Zika passaram a ser de notificação compulsória em todo serviço de saúde do País e o Estado de São Paulo notificou 4.323 casos confirmados como autóctones. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos confirmados da Doença Aguda pelo Vírus Zika no Estado de São Paulo em 2017. Método: Estudo descritivo, baseado em dados secundários, derivados das informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-net) do Estado de São Paulo com recorte dos casos confirmados que apresentaram início dos sintomas em 2017. Para o cálculo da taxa de incidência, a população foi obtida por meio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika foram confirmados por critério laboratorial (reverse transcription polymerase chain reaction (RT-PCR)) e clínico-epidemiológico. Foram selecionadas variáveis a partir da ficha de notificação/conclusão da doença. Para a análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, aplicando-se os Softwares TabWin 3.6b, Microsoft Excel 2010 e o Programa R 3.5.1/RStudio. Resultados: Foram notificados 1.582 casos da Doença Aguda pelo Vírus Zika. Desses 133 (8,4%) foram confirmados, sendo 122 (91,7%) constatados como autóctones. A confirmação se deu, na maioria, pelo critério laboratorial (54,9%). A idade média em anos foi de 33 com desvio padrão de 18. A maioria dos casos ocorreu nos indivíduos do sexo feminino (71,4%); não gestantes (83,4%); de cor branca (72,2%); com residência em área urbana (82%). Os casos foram confirmados em 33 municípios, sendo o maior número em São José do Rio Preto (38), Campinas (34) e Taiaçu (11) e não foram confirmados óbitos. Conclusão: Os municípios de São José do Rio Preto, Campinas e Taiaçu apresentaram maior número de casos da doença. No entanto, o maior risco da enfermidade se deu em Taiaçu (incidência de 175,86 por 100.000 habitantes), Sud Mennucci (incidência de 12,93 por 100.000 habitantes) e Vista Alegre do Alto (incidência de 12,00 por 100.000 habitantes).