Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
PANORAMA DA COBERTURA VACINAL CONTRA A POLIOMIELITE NO BRASIL
Relatoria:
CICERA SARAIVA DE SOUZA
Autores:
- GILVANEIDE FRANCISCO DA SILVA ARAÚJO
- KENNIA SIBELLY MARQUES DE ABRANTES
- MARIA DANIELLY BENÍCIO DE ARAÚJO
- PALOMA EMANUELLE DOS SANTOS
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral grave. Sendo uma doença em processo de erradicação mundial, graças à inclusão da vacina poliomielite no calendário vacinal infantil, o último caso registrado pelo Brasil foi em 1989. Entretanto, a pólio continua endêmica em três países, representando um risco para a reintrodução do vírus em países com baixa cobertura vacinal. Objetivo: Comparar a cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil, entre os anos de 2013 a 2017. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo, de abordagem quantitativa. Foram analisados os percentuais referentes à cobertura da vacina no Brasil, no intervalo de cinco anos, obtidos pelo acesso ao banco de dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), disponível no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Depois de serem transportados para o programa Microsoft Office Excel, para elaboração de gráficos, os dados foram confrontados. A utilização das informações oriundas do PNI/DATASUS é de livre acesso a toda população brasileira, razão pela qual não há necessidade de submissão a um Comitê de Ética, conforme orientação recebida pela equipe técnica do DATASUS. Resultados: Nos três primeiros anos estudados, a cobertura vacinal contra a pólio em âmbito nacional manteve-se superior a 95%, atendendo o que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, em 2016 e 2017 os valores caíram para 84,43% e 78,47%, respectivamente. Na comparação por região, o Norte apresentou a menor cobertura nos cinco anos. O mais alarmante, é que desde 2014 a região não atinge a meta, e cada vez mais o percentual de cobertura da vacina tem diminuído. Por exemplo, em 2016 e 2017, nessa mesma ordem, a cobertura vacinal foi de apenas 72,28% e 72,36%. Outro achado revelador é que a população de crianças imunizadas contra a pólio vem diminuindo progressivamente nas cinco regiões do Brasil. Em 2017, o Sul registrou a maior cobertura, somente 83,67%. Conclusão: Verificou-se uma tendência de queda nos índices de cobertura da vacina poliomielite no Brasil, especialmente nos dois últimos anos, bem como, uma acentuada heterogeneidade da cobertura nas diferentes regiões. Diante deste quadro, é fundamental a união de esforços para atingir e manter a meta de vacinação contra a pólio, e assim minimizar o risco de reintrodução desta doença no território brasileiro.