Introdução: A interlocução sobre temas de saúde por meio de rádios comunitárias funciona como ferramenta estratégica para o fortalecimento da participação social, autonomia e empoderamento da comunidade. Assim, as rádios comunitárias são úteis para ampliar o controle social e promover relações interpessoais entre os envolvidos, pois, o ouvinte que também é usuário pode participar, esclarecer suas dúvidas e compartilhar conhecimento ao mesmo tempo em que as informações são veiculadas de acordo com os temas abordados nos programas. Objetivo: Levar conhecimento sobre saúde à população por meio de debates sobre temas diversificados, aumentando os saberes sobre determinantes e condicionantes do processo saúde-doença, saúde como direito universal e possibilitando a troca de conhecimentos entre os profissionais de saúde e a população. Metodologia: Relato de experiência sobre apresentação de um programa de rádio conduzido por profissionais de saúde da residência multiprofissional em saúde da família da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), semanalmente, com duração de 60 minutos. Iniciou-se em março de 2016, a partir de demandas identificadas em um bairro do município de Alfenas-MG, com a parceria da Equipe de Saúde da Família (ESF) Pinheirinho/Santa Clara, e da rádio comunitária do bairro. O público-alvo é a população adstrita da ESF, no entanto, toda a população do município e região é beneficiada com o programa, devido à abrangência da rádio em diversos meios de comunicação: internet, rádio e mídia social. Resultados: Temas como, maio amarelo, vacinação e fake news, testes rápidos, aleitamento materno, importância do pré-natal, diabetes e hipertensão, doação de sangue entre outros, foram abordadas de acordo com a demanda da ESF e sugestões dos ouvintes. A cada semana há conscientização da população por meio de dicas de saúde, esclarecimento de mitos e verdades e/ou entrevista com profissionais da saúde. Deste modo, o envolvimento dos ouvintes é crescente a cada programa, com sugestão de temas, envio de perguntas e ligações telefônicas. Ademais, observou-se também um aumento na adesão às ações coletivas realizadas na ESF próxima à rádio e melhor relação entre usuário e serviço. Conclusão: Ao utilizar-se a rádio comunitária, como estratégia, há aumento da promoção de saúde em seu conceito ampliado, reforço da educação permanente, intersetorialidade, e integração dos profissionais por meio de uma atuação multidisciplinar e transdisciplinar.