INTRODUÇÃO: As atividades de educação em saúde correspondem as principais ações do enfermeiro junto à comunidade. Essas atividades devem se basear na humanização, ética e ludicidade, de modo que favoreça a aprendizagem do cuidado em saúde. As escolas correspondem a um ambiente propício para essas atividades, necessitando atenção dos profissionais às particularidades de cada criança, em especial aquelas com deficiência, muitas vezes pouco assistidas. OBJETIVO: Descrever as estratégias exitosas na realização de atividade de educação em saúde junto às crianças com deficiência. METODOLOGIA: Estudo do tipo relato de experiência, construído em agosto de 2018, a partir de vivências de acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Campus de Tangará da Serra, durante a V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose que ocorreram no segundo trimestre de 2018, em uma escola de crianças especiais (5-14 anos), na região do médio norte de Mato Grosso. RESULTADOS: Conforme contato prévio e autorização da coordenação e profissionais da instituição de ensino, as acadêmicas iniciaram as atividades educativas primeiramente dentro das salas de aula e posteriormente no auditório. Dentro das salas de aula, a estratégia de realizar antecipadamente a orientação ao professor e certificar sua compreensão global sobre a temática, permitiu melhor interação com as turmas, tendo o professor como coparticipante do processo educativo, traduzindo e reforçando em vários momentos os discursos das acadêmicas, mesmo que estas tenham priorizado a utilização de linguagem clara, simples e com suporte de materiais ilustrativos. Verificou-se que o professor foi peça fundamental, visto seu grau de vínculo com os alunos e interesse em contribuir com as atividades. No auditório, a estratégia que trouxe maior retorno das crianças, foi a solicitação de “repetir e resumir o que foi dito durante a interação”, e a técnica “toque sobre o toque” sinalizando as partes do corpo e sintomas envolvidos nas doenças da campanha desenvolvida. Apesar dos êxitos, há necessidade de retornos para novas intervenções e acompanhamentos. CONCLUSÃO: Ao término das atividades, observou-se que entre as estratégias exitosas destacaram a orientação prévia com os professores e a utilização de algumas técnicas de comunicação terapêutica. Ambas garantiram abordagem mais acolhedora e harmoniosa com as crianças.