A mortalidade infantil é um importante indicador das condições da saúde materno-infantil, sua redução depende da melhoria efetiva nas condições de vida e de políticas públicas de saúde, e é dividida em dois componentes - período neonatal e pós neonatal. O objetivo do estudo foi caracterizar os óbitos pós-neonatais em maternidade de alto risco de Aracaju através da identificação dos fatores sócio-demográficos maternos e infantis; descrição da assistência à saúde materno e infantil no pré-natal; determinação de fatores reprodutivos associados às mães das crianças; e as principais causas de óbitos pós-neonatais. Esse estudo faz parte de uma coorte, sendo realizado um recorte descritivo dos dados maternos, de pré-natal e condições de nascimento dos bebês; os dados foram obtidos por meio de formulário aplicado as mães, informações extraídas dos prontuários dos recém-nascidos até o 6º dia completo de nascimento e avaliação do registro no Sistema de Informações de Mortalidade. Dos 3.270 recém-nascidos na maternidade de alto risco de Aracaju de março a setembro de 2015, 10 recém-nascidos evoluíram para óbito pós-neonatal. Foi identificado que a escolaridade das genitoras, a renda familiar, assistência no pré-natal e intercorrências clínico-obstétricas na gestação atual, podem ter favorecido o nascimento de recém-nascidos com risco de vida, apresentando alguns bebês causas de óbitos relacionadas às complicações maternas.