O controle da contaminação ambiental de centro cirúrgico é considerado uma medida importante para a prevenção de qualquer infecção nesse ambiente. Esse controle engloba diferentes situações, tais como: limpeza de pisos, paredes e equipamentos, acesso de pessoas a sala de operações, movimentação de portas, sistema de ventilação e paramentação adequada do centro cirúrgico. Neste contexto, o projeto visa analisar materiais e objetos presentes no ambiente cirúrgico buscando identificar microrganismos capazes de gerar processos infecciosos. A pesquisa foi realizada no Centro Cirúrgico de um hospital no interior do estado de São Paulo. As amostras foram coletadas em triplicata, por meio de swab estéril embebido em solução fisiológica estéril a 0,85%, os quais foram esfregados nas superfícies na forma de zig zag, posteriormente depositados em tubos estéreis devidamente identificados, e em seguida transportados em caixa isotérmica com gelo descartável. Foram colidas amostras dos equipamentos, portas, mesas, chão, pias e do instrumental estéril. Para avaliação microbiológica, as amostras foram submetidas a diluição seriada em solução de NaCl (0,85%) e cultivadas em diferentes meio seletivos e não seletivos, incubadas a 35o C por 24-48 horas para bactérias e os fungos por 5-10 dias. As culturas bacterianas positivas foram avaliadas inicialmente pela coloração de Gram e agrupadas em gram-positivas e gram negativas, para posteriormente serem identificadas pelos métodos bioquímicos convencionais. Os fungos foram analisados pelas características macoroscópicas e microscópicas utilizando azul de algodão. Os achados de pesquisa apontaram para o aparecimento de 257 bactérias nos 17 lugares pesquisados. O microrganismo mais incidente foi a CANDIDA SPP, com 56 ocorrências dos casos. Ainda, ficou evidente o aparecimento de CANDIDA SPP e BACILLUS SPP em todos locais não esterilizados. Na visão geral, notou-se o menor aparecimento de STAPHYLOCOCCUS AUREUS. Ao se considerar a maior incidência de microorganismos, o maior registro detectado por local foi na PIA (parte superior). As medidas preventivas são tarefas de alta complexidade no ambiente hospitalar, mas de real importância, pois deles devem partir ações em prol do controle de infecção, o que não exime profissional de conhecimento e, até mesmo, de treinamento para o tornar mais preparado para esse desafio. Formas de disseminar esse conhecimento é por meio de comunicação eficiente e eficaz.