A Sífilis é uma patologia infecto-contagiosa, de evolução crônica.Trata-se de um sério problema de Saúde Pública, sendo doença de notificação compulsória. O Brasil registra há mais de uma década importante aumento nos casos da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016 foram registrados 87.593 novos casos de Sifílis Adquirida, 37.493 em gestantes e 20.474 casos de sifilis Congênita, sendo resgistrados 185 mortes em crianças menores de 1 ano. Diante dessa realidade o Ministério da Saúde desde 2013 adota medidas de intervenção para o controle da doença de forma prioritária implementando em 2016 a “Agenda de Ações Estratégicas para Redução da Sífilis Congênita no Brasil”.Buscar em evidências científicas, as razões que levaram ao aumento do número de casos de Sífilis, Congênita, em Gestantes e Adquirida nos últimos dez anos no Brasil e identificar ações de saúde desenvolvidas pelo Poder Público é o objetivo deste trabalho, realizado através de uma revisão integrativa de literatura com busca de artigos por meio de bancos de dados e documentos públicos e publicações, utilizando-se os descritores: Sífilis, Epidemiologia e Políticas de Saúde. A amostra inicial contou com cento 151 artigos disponibilizados na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Aplicados os critérios de inclusão previamente estabelecidos para esta revisão, filtrando dezesseis (16) artigos, dos quais três (03) foram descartados por não atender a proposta da revisão. A amostra final da revisão integrativa de literatura contou com treze (13) artigos científicos que tratam de situações, problemas e possíveis soluções sobre a epidemia de Sífilis no Brasil. Descrevem a incidência desde o nascimento e em gestantes, destacando a importância da qualidade do pré-natal, com clara relação entre a doença e a baixa escolaridade e nível socioeconômico, inclusive com estudos realizados com população de rua, usuários de drogas e em situação de vulnerabilidade para relações sexuais desprotegidas elevando o índice de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conclui-se que embora haja políticas públicas para ações de prevenção, controle e tratamento da sífilis há necessidade de adesão dos serviços de saúde, numa ação interdisciplinar para o controle e redução da morbimortalidade por essa causa no Brasil..