INTRODUÇÃO: No Brasil, a violência é apontada, como uma das principais causas de morbimortalidade. E na atualidade, mulheres em situação de violência conjugal tem ganho destaque nos noticiários de jornais, revistas entre outros, constituindo-se como um sério problema de saúde pública. Os maus tratos infligidos à mulher repercutem em perdas significativas na saúde física, sexual, psicológica e nos componentes sociais. OBJETIVO: Compreender de que modo as redes sociais de apoio são estabelecidas por mulheres em situação de violência conjugal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, ancorado na Teoria Sistêmica e na categoria Estrutural Externa do Modelo Calgary de Avaliação da Família. Desenvolvida com 05 mulheres que vivenciaram violência pelo parceiro, e eram acompanhadas pelo Serviço de Apoio Emergencial à Mulher (SAPEAM) da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) na cidade de Manaus. Para elaborar o mapa da rede social de apoio das mulheres, utilizou-se o ecomapa. RESULTADOS: Evidenciou-se, que todas as mulheres entendem a violência física como ações que geram danos a estrutura anatômica, fisiológica, psicológica e afetiva. Emergiram três ações que colocava às mulheres situação de vulnerabilidade para a violência conjugal: “quando ele bebe”; “quando ele machuca”, e “quando ele ofende” e essa era a hora de recorrer à rede social de apoio. As redes tecidas e recorridas eram compostas por filhos, irmãos, primos, genros, noras, padrastos, vizinhança, amigos, igrejas, profissionais de saúde, psicólogos, policiais e delegacia da mulher que ofereciam apoio emocional, afetivo, material e as vezes financeiro. As vinculações estabelecidas entre as mulheres variavam de moderado à forte. CONCLUSÃO: A rede social de apoio tecida pela mulher é importante e seu principal propósito é estabelecer ajuda, socorro e principalmente uma escuta qualificada, possibilitando-as (re)descobrir formas de enfrentamento e soluções que visam a redução e alivio de sofrimento. É necessário ampliar estudos sobre essa temática com vistas a fortalecer políticas públicas contra a violência conjugal e na promoção da saúde assim como intensificar as informações no ambiente escolar e acadêmico sobre o direito das mulheres e serviços de apoio existente.