O uso de medicamentos durante a gravidez é uma prática frequente, no entanto, deve ser realizada com muita cautela, uma vez que pode trazer riscos ao feto. Assim, objetivou-se analisar quais medicamentos foram utilizados durante a gestação e a classificação de risco ao feto. Para tanto, fez-se um estudo epidemiológico descritivo, transversal, probabilístico, que incluiu 183 puérperas atendidas na maternidade de referência em Barra do Garças – MT. Os dados foram coletados entre setembro de 2016 e agosto de 2017. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento estruturado que contou com questões abertas e fechadas, sendo anônimo e autoaplicável, com variáveis padronizadas; campos para respostas e saltos; inclusão de informações complementares na forma de notas em negrito. A análise estatística foi realizada utilizando o programa EPI-INFO® versão 7.2.2.2. A pesquisa foi aprovada pelo CEP / UFMT / 2015, nº 975.413. A frequência do uso de medicamentos mostrou que 55,2% das gestantes usam pelo menos um fármaco, sendo antiespasmódicos, antibióticos e analgésicos os mais utilizados. De acordo com o Food and Drug Administration (FDA), 3,7% dos medicamentos utilizados pertenciam a categoria A, 56,5% a B, 31,5% a C e 8,3% à categoria D de risco. Gestantes estão frequentemente expostas ao uso de medicamentos, em especial para o manejo de sintomas comuns da gravidez. A maioria da população estudada usou medicamentos seguros e apropriados de acordo com o sistema de classificação de risco FDA, com exceção da proporção de categoria D com risco potencial para o feto, considerada alta quando comparada a outros estudos. Diante disto, aconselhar mulheres grávidas e mulheres em idade fértil quanto à segurança das drogas durante a gravidez são importantes para reduzir o risco ao feto.