O estudo das coberturas vacinais segundo condições de vida fornece uma oportunidade para a investigação acerca da concretização de políticas públicas compensatórias, isto é, intervenções programadas e executadas, preferencialmente pelo Estado, buscando diminuir as diferenças entre os grupos sociais produzidas por diferentes inserções na organização social. O presente estudo teve como objetivo investigar a cobertura vacinal de mulheres em idade fértil, pré-natal e puérperas sobre a importância da imunização e avaliar os fatores de risco que propiciaram a vacinação inadequada sem cumprimento do calendário nacional de vacinação. Foi realizado um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa da cobertura vacinal de 75 mulheres imunizadas no período fértil, pré-natal e puerperal com idade variando entre 19 e 42 anos. A vacina em mulheres na idade reprodutiva, antes ou durante a gestação, confere a elas resistência a doenças e, ao recém-nascido, uma imunidade passiva. Todas as mulheres (100%) entrevistadas possuíam carteira de vacinação e todas as puérperas (100%) receberam orientações médica e da equipes multiprofissional enfermagem. A vacinação na idade fértil, pré-natal, puérperas é fundamental para a prevenção de várias doenças transmissíveis. No grupo de mulheres em idade fértil 10 (13%) não consideraram importante a vacinação com Hepatite B. A identificação da cobertura vacinal e dos fatores responsáveis pelo retardo ou pela falta de imunizações é ação fundamental para a adequada monitorização dos programas de vacinação principalmente em adultos. A imunização deve ser realizada preferencialmente antes dos tratamentos de infertilidade, pois algumas delas não podem ser administradas no período da gestação.