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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
A FAMÍLIA DO DOENTE MENTAL NO ENFRENTAMENTO DO SURTO PSICÓTICO
Relatoria:
VALDELIZE ELVAS PINHEIRO
Autores:
  • KELIANE BELTRÃO CARVALHO
  • KARINY TABOSA QUEIROZ
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Monografia
Resumo:
INTRODUÇÃO: A Reforma Psiquiátrica teve como principal objetivo, a reinserção dos doentes mentais no convívio com a sociedade e o reconhecimento da família como aliada no processo de cuidado. Embora os familiares tenham recebido este reconhecimento, percebe-se que estes geralmente não são incluídos na assistência, mesmo tendo conhecimento sobre a importância de sua participação no tratamento. Desta forma, torna-se relevante para a comunidade científica à discussão da temática, uma vez que existem poucos estudos relacionados aos temas “família do doente mental” e “surto psicótico” na área da enfermagem, principalmente no Estado do Amazonas. OBJETIVO: Analisar as experiências das famílias do doente mental no enfrentamento do surto psicótico. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, onde utilizou-se a técnica de entrevista semi-estruturada realizada no período do dia 15 a 19 de dezembro de 2017, com 13 famílias que acompanhavam o doente mental em surto psicótico no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, situado no Município de Manaus- Amazonas. RESULTADOS: 1. SENTIMENTOS EXPERIENCIADOS PELOS FAMILIARES EM RELAÇÃO AO DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO MENTAL: Estiveram presentes a culpa, tristeza, impotência, revolta, desespero e negação. 2. COMO A FAMÍLIA RECONHECE O SURTO DA DOENÇA: Nas entrevistas foi possível constatar que os familiares conseguem identificar o surto da doença ao citarem alguns dos sinais como: alucinações, insônia e agressividade. 3. DIFICULDADES ENCONTRADAS POR FAMILIARES DO DOENTE MENTAL EM SURTO PSICÓTICO: A sobrecarga é identificada, com presença de preconceito, e o fato de não saber lidar com a agressividade do surto. 4. ESTRATÉGIAS USADAS PELOS FAMILIARES DURANTE O SURTO: Não confrontar durante o surto, levar para o Centro Psiquiátrico, procurar outros profissionais e medidas particulares, incluindo cárcere durante o surto, agressões contra os doentes e administrar medicação escondida. 5. COMO A FAMÍLIA ESPERA SER ATENDIDA PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM, POR OCASIÃO DO ATENDIMENTO DO SEU FAMILIAR EM SURTO: Relataram a necessidade de políticas de atenção para esses cuidadores e educação em saúde, outros foram indiferentes ao serviço de enfermagem não reconhecendo sua importância. CONCLUSÃO: A pesquisa demonstrou que os familiares enfrentam os surtos psicóticos de seus parentes, sozinhos, sobrecarregados e abandonados pelo serviço de saúde, evidenciando que estes como cuidadores também necessitam e clamam por assistência.