Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS EM TERAPIA SUBSTITUTIVA HEMODIÁLISE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
ÁDRIA STHELLA GUEDES PALADINO
Autores:
- Custódio de Souza Brito Neto
- Francisca Evelen Suelen Silva de Aguiar
- Jessica Natasha Brandão Silva Bezerra
- Katiciane Rufino da Silva
- Natália Ramos dos Santos
- Francineide Pereira da Silva Pena
- THAMIRES GOMES SALES
Modalidade:
Pôster
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A insuficiência renal crônica (DRC) é uma doença progressiva, debilitante, que ocasiona incapacidade e elevada mortalidade, sendo que a incidência e prevalência têm aumentado na população mundial.1 As modalidades de tratamento para DRC, que faz a substituição parcial das funções renais são: diálise, que se subdivide em hemodiálise e diálise peritoneal e transplante renal. Estas modalidades contribuem para manter a vida, entretanto, não promovem a cura da doença. 1,2 A condição crônica da doença instiga a avaliação da qualidade de vida devido seu papel na morbimortalidade da população mundial. 3,2 Objetivo: Descrever a percepção da qualidade de vida das pessoas durante as sessões de hemodiálise. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência durante aulas práticas realizadas na clínica de Nefrologia do Hospital de Clínicas Doutor Alberto Lima, na disciplina Enfermagem em Ambiente de Alta Complexidade, onde foi possível perceber o quanto o tratamento hemodiálise pode alterar o processo qualidade de vida dessa população. Resultados e Discussões: Os relatos das pessoas durante as sessões de hemodiálise ocorreram sobre as dimensões físicas, sexuais, psicológicas, sociais e alteração da dinâmica familiar. Em um dos relatos um dos pacientes afirmou a mudança na rotina de sua família, “tivemos que mudar toda nossa rotina, pois preciso vir a nefro 3 vezes durante a semana”. Durante o contato com os pacientes em questão no campo de prática os mesmos manifestaram sentimentos negativos, como medo do prognóstico, da incapacidade, da dependência econômica e da alteração da autoimagem. Porém, eles também reconhecem que o tratamento é essencial para que os mesmos possuam uma melhora na qualidade de vida e lhes possibilite a espera por um possível transplante renal e, com isso, uma maior expectativa de vida. Conclusão: Com a manifestação de uma doença crônica e a necessidade do tratamento dialítico podem inicialmente ser encaradas com certa resistência, ocasionando sofrimento físico e psíquico aos pacientes. A mudança inesperada no seu estilo de vida, o convívio com as limitações, o enfrentamento da hemodiálise como uma necessidade contínua e a possibilidade da morte, podem influenciar negativamente na qualidade de vida dos pacientes com IRC. Porém, observa-se que com o tempo aderem o tratamento e aceitam que isso é a única maneira de melhorar e promover a qualidade de vida dos mesmos.