As mulheres em idade fértil sofrem transformações após o início do tratamento hemodialítico como indisposição para realizar as tarefas diárias, cansaço após as sessões, a inviabilidade para programar viagens e passeios, o prejuízo nas atividades acadêmicas e profissionais. O objetivo dessa pesquisa foi identificar a percepção de saúde das mulheres em idade fértil com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Métodos: estudo transversal, prospectivo, descritivo com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em uma Unidade de Hemodiálise em São José do Rio Preto (São Paulo). Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com as pacientes que aceitaram participar da pesquisa e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O cálculo do tamanho amostral foi definido por amostra finita. Para a análise de dados utilizou o software Stata versão 9.0. A normalidade da distribuição das variáveis quantitativas foi avaliada usando o teste de Kolmogorov-Smirnov. Foi realizada uma análise descritiva para verificar a distribuição das variáveis do estudo, medidas de tendência central e de variabilidade adequadas, bem como distribuição de frequências. Resultados: foram incluídas 30 mulheres. A média da idade foi de 37,8 anos (±8,7). Houve predomínio da faixa etária de 41 e 49 anos (43,3%). Observou nas mulheres entrevistadas a perda do interesse com a aparência física após a implantação do acesso vascular, diminuição da vaidade e da libido, alterações nos ciclos menstruais e perda do emprego, muitas vezes prejudicando a vida diária destas mulheres, contribuindo para o surgimento de transtornos psicoativos como a depressão. Conclusão: a presença da doença renal crônica e seu tratamento causam mudanças no estilo de vida daquelas que a possuem e necessitam de hemodiálise.