Introdução: Com a Reforma Sanitária inspirada no modelo Americano dos Health Centers, foram instalados, em São Paulo, os Centros de Saúde, e para a formação da consciência sanitária da população surge uma nova figura nos serviços sanitários. Para esse trabalho de domesticação e formação da consciência sanitária era necessário um especialista em Educação Sanitária para a difusão dos preceitos de higiene. Assim, foi criado um cargo, uma nova categoria profissional: as Educadoras Sanitárias. Essas educadoras ficariam responsáveis por um trabalho mais delicado: o de persuasão dos indivíduos para a necessidade de aquisição de hábitos de higiene, e o seu principal campo de atuação seriam as escolas. Objetivo: Reunir uma memória escrita sobre o papel das Educadoras Sanitárias na saúde pública de São Paulo. Metodologia: Estudo histórico-social com orientação teórico-metodológica da História Nova e recurso a analise documental. Discussão: A atuação das Educadoras Sanitárias tinha como objetivo a formação de hábitos higiênicos e a instruções sobre doenças. Suas ações deveriam focar na sensibilização dos indivíduos, incentivando a participação e buscando, durante as atividades, envolvimento e troca de saberes entre os sujeitos, com o propósito de aumentar a autonomia dando-lhes aporte para a tomada de decisões e escolha. Mas nem só nas escolas atuavam as Educadoras, além da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde Pública e Assistência Social, as Educadoras também atuavam nos Centros de Saúde, Parques Infantis, Sanatórios e fábricas. Nesses locais executavam diversas funções, como: assistência preventivo-curativa, educação individual, palestras, campanhas sanitárias, atividade de serviço social, entre outras. Conclusão: A presença das Educadoras Sanitárias nos diferentes espaços de saúde constituiu um marco significativo para a saúde pública paulista.