A síndrome do desconforto respiratório é caracterizada por uma resposta inflamatória significativa que pode ser local (pulmonar) ou distante (sistêmica) que resulta em hipoxemia e alterações pulmonares. A SDR tem como principal causa a quantidade inadequada de surfactante pulmonar. Ocorre em recém-nascidos pré-termo, pois nesses casos o pulmão ainda não está maduro, desencadeando dificuldades em suas funções fisiológicas. Trata-se de estudo de revisão de literatura no tema “síndrome do desconforto respiratório”. As principais manifestações clínicas no neonato são caracterizadas por gemido respiratório, cianose, batimentos de asas nasais, retração esternal, dificuldade em iniciar a respiração normal, tiragem intercostal e subcostal e crises de apnéia. Estas manifestações ocorrem devido o esforço respiratório do neonato para compensar o oxigênio insuficiente. A SDR tem como complicações agudas o pneumotórax, pneumomediastino, pneumopericardio, enfisema intersticial, infecções secundárias devido a manipulação invasiva de cateteres e hemorragia intracraniana que deve ser acompanhada com ultrassonografia transfontanela. As principais atitudes contra a síndrome do desconforto respiratório são: prevenir a hipoxemia e a cianose, otimizar o manejo hídrico, prevenir atelectasias, ventilar gentilmente os pulmões da criança. A administração de oxigênio deve manter a saturação entre 88 e 93%. Os diagnósticos de enfermagem foram analisados a partir da Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), são eles: padrão respiratório ineficaz, troca de gases prejudicada, termorregulação ineficaz, risco de infecção, perfusão tissular ineficaz. A SDR é uma condição grave de insuficiência respiratória e demanda diagnóstico rápido para que medidas terapêuticas, sobretudo de estratégias ventilatórias, sejam implementadas.