Introdução: O ato de brincar está inserido entre as atividades diárias da criança e se constitui como um importante instrumento de socialização, aprendizado, desenvolvimento psicomotor, alívio de estresse, além de desenvolver a imaginação, a criatividade e afetividade. A criança, mesmo quando hospitalizada, deve ser incentivada a exercer um desenvolvimento social, emocional e intelectual, e um recurso utilizado são os instrumentos lúdicos, que nesse âmbito não assumem apenas um papel de estímulo à diversão, mas uma alternativa educacional e terapêutica auxiliando no trabalho de enfermagem e a diminuir o estresse, o medo e a ansiedade1,2. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada na assistência de enfermagem com o brinquedo terapêutico no preparo emocional para a realização do curativo em crianças hospitalizadas. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre a realização de uma ação educativa como forma de socialização entre as crianças hospitalizadas entre 4 e 14 anos, a equipe de enfermagem, os familiares/cuidadores e os acadêmicos se deu a partir de requisito de avaliação para a atividade curricular enfermagem pediátrica no qual foi realizado no dia 08/05/2018, em um hospital público no qual um grupo de 6 crianças internadas foram reunidas e com o uso de materiais como boneca e material para curativo. Procedeu-se uma simulação do passo-a-passo da realização de um curativo de acesso central, partindo desde a lavagem correta das mãos até a oclusão do curativo, onde cada passo era desempenhado pelas crianças com orientações e explicação dos procedimentos pelos alunos e enfermeiros presentes. Resultado: A utilização do brinquedo terapêutico contribuiu no alívio do estresse e ansiedade em relação a prática do curativo, a redução do medo relacionado as etapas da intervenção e melhor aceitação ao procedimento, uma vez que se observa a relutância por parte das crianças na hora da realização do mesmo, o que acaba tornando um momento estressante, no qual a criança é tida apenas alguém passivo ao cuidado, pouco associando a necessidade de se realizar as trocas de curativo e a importância do mesmo no processo de recuperação para posterior alta. Conclusão: A prática assistencial com o brinquedo terapêutico é estratégia efetiva na redução do medo e ansiedade, evidenciada pela participação ativa das crianças e melhor compreensão do procedimento em questão.