A Hanseníase é uma patologia que acomete os nervos periféricos, ocasionando perda da sensibilidade, alteração sensitiva e motora, trata-se de uma doença de notificação compulsória que está inclusa no rol das doenças negligenciadas e estigmatizantes, atualmente representa um serio problema de saúde publica no Brasil, atingindo níveis endêmicos e hiperendêmicos em vários estados. É transmitida pela interação humana e acontece com maior recorrência por meio do trato respiratório superior de pacientes com a forma positiva da doença o diagnóstico da doença acontece por meio do exame clínico e laboratorial. O tratamento estipulado pela Organização Mundial da Saúde é o PQT (poliquimioterapia profilática), formada pela junção de 04 (quatro) fármacos que ocasiona a cura mais aceleradamente e previne a resistência medicamentosa, tem-se dois esquemas de tratamento para hanseníase: paucibacilar (PB) e multibacilar. Os motivos decorrentes do abandono do tratamento são explicados pela ausência de incentivos na proporção de casos curados. Possivelmente, o achado é consequente de outros aspectos associados aos serviços de saúde ou aos pacientes patológicos, os quais poderiam esclarecer tais resultados: por exemplo, a ocorrência de óbitos, entre outros aspectos que não foram objetivo do presente estudo. É importante salientar que no Brasil, ações de saúde preconizam que a atenção básica à saúde esteja integrada aos demais níveis da assistência, dada sua importância para a divulgação e orientação permanente acerca da sintomatologia da patologia. Este estudo possui como objetivo central verificar na literatura científica as características e motivos de abandono ao tratamento da hanseníase, trata-se de estudo de revisão integrativa de literatura em base de dados digitais da Scielo, Lilacs e BVS, apresentando pesquisas entre o período de 2012 a 2017. Foram localizados 10 (dez) artigos e após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão a amostra foi constituída de 04 (quatro) artigos, os resultados apontaram que o preconceito, a reação dos medicamentos, falta de orientação adequada, bem como, a ausência de incentivos na proporção de casos curados são as principais características e os motivos do abandono do tratamento. Conclui-se, que deve haver um monitoramento mais amplo por parte da enfermagem em relação as orientações e recomendações principalmente sobre o tratamento para proporcionar uma maior adesão dos usuários.