Introdução: A Sepse é caracterizada pelo funcionamento irregular do organismo mediante a reação inflamatória sistêmica a determinado foco infeccioso, levando ao risco de morte. É uma das principais causas de morte nas UTIs, sendo considerada um problema de saúde pública no Brasil. Objetivo: Analisar se os enfermeiros identificam a sepse na fase inicial e conhecem as metas do pacote de ressuscitação nas primeiras seis horas do quadro septico. Método: Trata-se de um estudo do tipo descritivo exploratório realizado com 53 enfermeiros que desenvolvem atividades profissionais em setores de urgência/emergência e UTI, na cidade de São Paulo. Foi aplicado um questionário com perguntas acerca dos dados sociodemográfcos e conhecimentos sobre a sepse, após o consentimento livre e esclarecido dos participantes.Resultados: A faixa etária dos participantes foi de 24 a 63 anos, sendo 84,9% do sexo feminino. A maioria (37,8%) tinha especialização em urgência/emergência e UTI (32,1%). Quanto à atuação na área, 39,6% trabalhavam há mais de 10 anos e 84,9% declararam ter um único vinculo empregatício. Em relação às dificuldades encontradas pelos enfermeiros no cuidado com a sepse na emergência, 43,4% citaram a falta de recursos humanos e materiais e apenas 5,7%, à ausência de um protocolo de sepse. A maior parte dos entrevistados (88,7%) demonstraram conhecer os sinais de sepse e 58,6% tinham ciência das metas do pacote de ressuscitação proposto pela "Surviving Sepsis Campaig" que determina intervenções nas primeiras 6 horas do quadro septico. Conclusão: Embora grande parte dos enfermeiros consigam identificar os sinais de sepse na fase inicial, o conhecimento sobre o tratamento precoce pode ser melhorado. A instituição de treinamentos por meio da educação permanente é fundamental para o manejo adequado e sucesso na regressão dos quadros de sepse.