INTRODUÇÃO: Uma das bases estruturadoras da sociedade é a comunicação, e na área da saúde esta se constitui uma tecnologia fundamental para o cuidado. No entanto, a comunicação em suas variadas formas perpassa a oralidade e incorpora aspectos que potencializam sua efetividade, em busca de melhor atenção e acolhimento. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo relatar alguns desafios na realização de atividades educativas com estudantes com deficiência. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Tangará da Serra, sobre a vivência na realização de atividades educativas referente a V Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose. As atividades educativas ocorreram no mês de abril de 2018, em período diurno, com estudantes de 5 a 14 anos em uma escola de crianças e jovens com deficiência, durante período de aula, mediante autorização da direção da escola e professores responsáveis. RESULTADOS: Os estudantes envolvidos nas atividades possuíam deficiências de natureza física, mental, intelectual, sensorial ou múltipla, e por essa razão, o maior desafio percebido foi em relação à abordagem. Pois, essa prática exigia comunicação que possibilitasse entendimento da ação e dos procedimentos necessários para a realização da campanha, visto que, especialmente pessoas com deficiência intelectual apresentam alterações significativas em relação à velocidade de processamento de informações, bem como padrão mais tardio para classificação, memorização, associação e raciocínio comparados a outros estudantes sem deficiência. A partir disso, adotou-se estratégia de abordagem, do tipo individualizada, interativa, lúdica e com comunicação adequada ao grau de compreensão do estudante. Todavia, outro desafio observado foi a inassiduidade dos estudantes nessa escola, o que pode dificultar a continuidade e efetividade das práticas educativas, uma vez que, os professores dessa ambiência possuem poucas atividades voltadas às necessidades em saúde dos estudantes, e consequentemente não realizam o reforço cotidiano desses aprendizados em saúde. Assim, é importante que haja maior proximidade dos serviços de saúde nesses ambientes de ensino. CONCLUSÃO: A experiência junto a esses estudantes foi desafiadora e enriquecedora, principalmente porque durante a graduação de enfermagem essa vivência é pouco oportunizada aos acadêmicos, porém muito importante para a formação do enfermeiro.