O Processo de Enfermagem é uma metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial, conferindo maior segurança aos pacientes, melhoria na atenção ofertada e maior autonomia aos profissionais de enfermagem; proporcionando a investigação e o diagnóstico precoce de distúrbios diversos, inclusive os neurodesenvolvimentais como os Transtornos do Espectro do Autismo, conduzindo à estimulações prematuras, detecção e prevenção de fatores de risco e prevenindo complicações e perdas em relação à interação social e qualidade de vida. O objetivo deste artigo é aplicar o Processo de Enfermagem a estudantes que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo, com vistas a se efetivar ações de acompanhamento do desenvolvimento infantil, a partir da produção de um Planejamento Educacional Individualizado. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, de intervenção, com abordagem qualitativa, realizada em um município maranhense, com 26 estudantes no Espectro do Autismo; utilizando um instrumento validado, o Perfil Psicoeducacional Revisado, composto por duas escalas, uma de desenvolvimento e outra de comportamento. Assim, foram verificadas alterações em oito Domínios da NANDA, que permitiu formular quinze Diagnósticos de Enfermagem, tais como Déficit no autocuidado para alimentação relacionado a alteração na função cognitiva, evidenciado por capacidade prejudicada de abrir recipientes, de alimentar-se de uma refeição inteira; Comunicação verbal prejudicada relacionada a alteração no desenvolvimento, evidenciada por dificuldade para compreender a comunicação, formar palavras e sentenças; Isolamento social relacionado a interesses de desenvolvimento inadequado, evidenciado por contato visual insuficiente e Risco de desenvolvimento atrasado relacionado a transtornos do comportamento e dificuldade de aprendizagem do cuidador. Outrossim, estabeleceram-se os Resultados Esperados e as Intervenções de Enfermagem necessárias, que deram suporte para produzir o Planejamento Educacional Individualizado, que foi fornecido aos pais e professores. Por fim, é preciso entender que cada pessoa que está no TEA é única e deve ter um cuidado holístico e integral, sendo essencial a parceria com a família e com professores/escola.