INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) consiste em lesão, perda lenta, progressiva e irreversível da função renal, sendo multicausal, tratável de várias maneiras, controlável, porém sem cura. A terapia hemodialítica sobressai como o principal tipo de tratamento, constitui-se na remoção do líquido e substâncias tóxicas do sangue. Esse processo se dá com a utilização de uma máquina que tem a função de um rim artificial, produzindo a filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a ureia. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo conhecer as principais mudanças e limitações decorrentes do tratamento hemodialítico em idosos com Doença Renal Crônica. METODOLOGIA: Optou-se pelo tipo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa realizado com 26 idosos em tratamento de hemodiálise em um município do Rio Grande do Norte. Utilizou-se um roteiro de entrevista semi-estruturado, composto pelos dados sócio demográficos e as questões referentes ao objetivo do estudo, realizando a Análise do Conteúdo proposta por Minayo. RESULTADOS: Sobre os dados demográficos verificou-se que a maioria dos idosos é do sexo masculino (65%), com faixa etária entre 60-79 anos (92%), casados (69%), católicos (62%), escolarizados (42%) a maior parte reside com seus familiares (96%). A análise das narrativas demonstra com clareza que a principal mudança está relacionada a atividade laboral; o comprometimento físico e as alterações fisiológicas presentes no curso da doença tornam-se um fator dificultador para o retorno ao trabalho; alguns relatos revelam que houveram mudanças relacionadas a melhoria da qualidade de vida das pessoas após o tratamento com a hemodiálise, através da reinserção dos idosos na vida social. No entanto as limitações impostas pelo tratamento de hemodiálise representam uma experiência dolorosa e necessária enfrentada pelos pacientes com DRC, representando muitas vezes, uma dificuldade para adesão a terapêutica e influenciando diretamente na qualidade de vida das pessoas. CONCLUSÃO: O presente estudo revelou uma vivência marcada por desafios e esperança, empreendendo uma luta constante para vencer dificuldades sem, no entanto, se render a elas. Também possibilitou a compreensão de que a qualidade de vida daqueles idosos resultará da forma como eles conseguem responder as situações que forem surgindo em sua trajetória, dando sentido a sua vida.