LogoCofen
Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
ADESÃO AO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL DE PEQUENO PORTE: ANÁLISE DAS CIRURGIAS INFANTIS
Relatoria:
LETICIA COSTA RINALDI
Autores:
  • Jamille Duran Matilde
  • Léia Regina de Souza Alcântara
  • Andrezza Belluomini Castro
  • Marla Andréia Garcia de Avila
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Valorização, Cuidado e Tecnologias
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Com o progresso tecnológico e aperfeiçoamento da atenção à saúde a assistência cirúrgica se tornou uma intervenção com abundantes possibilidades. Os procedimentos cirúrgicos se expandiram e anualmente são realizados cerca de 234 milhões. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todo ano, milhões de pacientes sofrem danos incapacitantes ou mortes devido à assistência inadequada à saúde e metade das complicações pós-operatórias foram consideradas evitáveis. Diante desse contexto, em 2004, com a finalidade de valorizar a segurança do paciente a OMS desenvolveu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente que implementou Desafios Globais. O Segundo Desafio, denominado Cirurgias Seguras Salvam Vidas, elaborou o checklist de cirurgia segura com a intenção de reduzir os riscos, eventos adversos e complicações das intervenções cirúrgicas. Composto por três etapas: identificação, confirmação e registro, representa um padrão de segurança cirúrgica mundial. A implementação caracteriza-se como acessível, porém há limitações da equipe. Objetivo: Identificar a adesão do checklist de cirurgia segura nas cirurgias realizadas em crianças e adolescentes em um hospital de pequeno porte. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo realizado no Hospital Estadual de Botucatu. Foram incluídas as cirurgias de pacientes com idade até 17 anos. Os dados foram verificados no prontuário eletrônico. O Projeto foi aprovado pelo do Comitê de Ética em Pesquisa pelo parecer 2.499.116. Resultados: A amostra foi composta por 271 pacientes, sendo 65,68% do sexo masculino. O principal procedimento cirúrgico realizado foi adenoidectomia e em 99,63% dos checklists analisados o profissional responsável foi o técnico de enfermagem. Em relação ao preenchimento completo observou-se em 12,88%, em 86,74% foi parcialmente e em 0,38% não foi preenchido. O momento I teve 89,35% de preenchimento completo, o momento II 95,44% e o momento III 15,97%. Conclusão: A adesão de todas as etapas do checklist ocorreu em 12,88% das cirurgias avaliadas. O preenchimento parcial em 86,74% dos casos sinaliza a necessidade de ações educativas com as equipes cirúrgicas e o real entendimento da aplicação do instrumento que pode favorecer a segurança cirúrgica e qualidade da assistência realizada. O estudo demonstra a responsabilidade do técnico de enfermagem no processo e a importância da cooperação dos profissionais atuantes nas cirurgias.