Introdução: Ao avaliar a mortalidade nacional observam-se elevados índices de mortalidade na população masculina. Apesar da maioria das mortes serem resultantes de causas preveníveis, elas ocorrem em um cenário onde a busca por serviços de saúde e o autocuidado são ações desvalorizadas pelo homem. Essa resistência baseada em questões históricas de gênero e problemas de acesso como os horários dos serviços de saúde incompatíveis com as atividades laborais tem reforçado o risco de adoecimento aos homens. Neste cenário, acentuam-se as neoplasias da próstata, o segundo câncer (CA) mais comum em homens. Assim, o CA de próstata torna-se um desafio para as políticas de saúde voltadas para o homem, por causa dos tabus existentes sobre a doença. Logo, é válida a inclusão do tema nas ações de saúde, com ênfase na prevenção, através da educação em saúde. Objetivo: Relatar experiência de ação educativa sobre o câncer de próstata na Atenção Primária à Saúde Metodologia: Trata-se de um texto descritivo, tipo relato de experiência, sobre uma ação educativa realizada em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) Belém-PA, onde foi abordado o “câncer de Próstata”, devido à carência de abordagens sobre a saúde do homem observadas no contexto. Para a ação foram criadas tecnologias educativas do tipo leve-dura, para facilitar a compreensão sobre o tema: uma maquete do aparelho reprodutor masculino, maquetes comparativas da próstata e também perguntas usadas como condutoras do diálogo. Iniciou-se o acolhimento dos usuários com apresentação dos discentes e o tema abordado. Em seguida, realizou-se uma exposição sobre o sistema reprodutor masculino e suas especificidades, com uso das maquetes. Logo após, com ajuda dos usuários sortearam-se perguntas que foram respondidas junto das dúvidas geradas pelos participantes durante a ação. Resultados: Esta atividade mostrou-se um importante espaço de troca de saberes e empoderamento dos usuários da UMS; As tecnologias educativas foram estratégias relevantes, garantindo a curiosidade e participação dos usuários; É valido citar que apesar do tema ser voltado para saúde do homem, as mulheres demostraram interesse sobre o assunto, postura importante que permite a propagação das informações na rede social da mesma. Conclusão: a educação em saúde dialógica visa à troca de saberes. Logo, esta ação fez-se relevante devido os déficits de conhecimento e os tabus que cercam os diálogos sobre a saúde do homem.