A hipertensão arterial é caracterizada pelo aumento dos índices pressóricos. Seu caráter crônico favorece o surgimento de doenças cardiovasculares, podendo comprometer a qualidade de vida dos pacientes. Contudo, as práticas de educação em saúde urgem como um instrumento de transformação, buscando estimular a ação-reflexão-ação e a adoção de comportamentos favoráveis à qualidade de vida. Objetivou-se conhecer a percepção de pacientes hipertensos sobre a hipertensão e a realização de práticas de educação em saúde. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório de cunho qualitativo. Os sujeitos foram 12 hipertensos cadastrados e atendidos em uma unidade da Estratégia de Saúde da Família localizada no Sul de Minas Gerais. Para coleta de dados, utilizou-se a técnica de Grupo Focal, que foi encerrada por saturação teórica, e a análise das informações realizada por Análise de Conteúdo Temática e sob a perspectiva do Interacionismo Simbólico. Realizou-se o estudo conforme as determinações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa pelo parecer consubstanciado número 2.135.371. No que se referem à hipertensão, os entrevistados a caracterizam como silenciosa e que representa graves riscos à saúde. Alguns entrevistados reconhecem a necessidade da prática de atividade física, alimentação adequada e do controle da pressão arterial, no entanto, afirmam que não as realizam. Em relação ao processo de educação em saúde, os sujeitos admitem a importância da realização das práticas de educação em saúde como uma ferramenta preventiva. Salienta-se que outros sujeitos afirmam que o processo educativo é importante, pois permite refletir sobre seus saberes e práticas e ainda possibilita esclarecer dúvidas, visto que ainda pairam questionamentos sobre a patologia. Considera-se, portanto, que foi possível conhecer as percepções dos sujeitos sobre a hipertensão e sobre o processo de educação em saúde. Denota-se que é preciso desbravar estratégias educativas emancipadoras, problematizadoras e interativas que favoreçam a ação-reflexão-ação, buscando a melhora da qualidade de vida. Além disso, é necessário o redirecionamento das ações de prevenção e promoção da saúde, objetivando o fortalecimento das práticas de educação em saúde.