A hipertensão arterial é caracterizada pelo aumento dos índices pressóricos, sua associação com as doenças cardiovasculares e a alta prevalência e incidência, a caracteriza como um grave problema de saúde pública. Sendo assim, é imprescindível a utilização de estratégias que visem o manejo adequado do portador de hipertensão e que busquem favorecer a proteção, prevenção e promoção da saúde. Objetivou-se avaliar o perfil e o risco cardiovascular de hipertensos atendidos em uma unidade da Estratégia de Saúde da Família (ESF), localizada em um município do Sul de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e de caráter descritivo. O público-alvo foi a população de hipertensos cadastrados no Sistema HiperDia. Para avaliar o risco cardiovascular dos hipertensos, utilizou-se o Escore de Framingham, e para avaliação do perfil ocorreu a aplicação de um questionário junto aos prontuários que visava conhecer seus hábitos, vícios, frequência de ida a unidade da ESF, idade, gênero e escolaridade. Realizou-se o estudo conforme as determinações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa pelo parecer consubstanciado número 2.135.371. Avaliou-se 213 prontuários de usuários cadastrados na unidade da ESF. Dentre as variáveis levantadas, destaca-se que foi possível caracterizar que a população atendida é majoritariamente composta por mulheres, 141 (66,19%), em relação à faixa etária, houve predomínio de idade igual ou maior que 65 anos, 144 (67,60%). Salienta-se ainda que 45 (21,12%) sujeitos apresentaram diagnóstico concomitante de hipertensão e diabetes. Em relação ao Escore de Framingham, devido à falta de exames que possibilitasse a aplicação, foi possível estratificar o perfil de 77 sujeitos, houve o predomínio de escore baixo. Este estudo alcançou o objetivo de avaliar o perfil e o risco cardiovascular dos hipertensos objetivando subsidiar ações de proteção, prevenção e promoção de saúde, de acordo com o perfil do público. O predomínio de mulheres pode ser explicada pela baixa adesão dos homens aos serviços de saúde, enquanto que o baixo risco cardiovascular pode ser justificado pelo número reduzido de exames que possibilitasse a estratificação de toda população.