O câncer genital masculino é uma doença que poderá causar um grande impacto psicológico em seus pacientes, principalmente quando detectado tardiamente. Culturalmente a população masculina não tem adesão ao cenário na promoção da saúde e prevenção de agravos, no entanto para que aconteça a constatação precoce dessa doença é recomendado à realização do autoexame regular da genitália externa. Objetivou-se investigar o conhecimento e prática do autoexame de testículo e pênis em caminhoneiros. Trata-se de uma pesquisa transversal, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário estruturado, aplicado de maio a dezembro de 2017, com caminhoneiros que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em um posto de combustível no município de Barra do Garças – MT. O estudo é um recorte de um projeto maior e conta com aprovação ética nº2.062.048 da UFMT/CUA. As análises foram feitas por meio do programa Epiinfo versão 3.5.2. Participaram da pesquisa 128 caminhoneiros, a maioria casados, a média de idade é de 42 anos. Dos entrevistados 69% nunca ouviram falar sobre o autoexame de pênis e 61% de testículo. Com relação a prática do autoexame com regularidade, 87,5% não realizavam o do pênis e 88% o do testículo. Quando relacionado o conhecimento a prática, dos que já ouviram sobre o autoexame, 65% não realizavam o de pênis e 74% o dos testículos. O câncer genital masculino é um assunto pouco abordado no contexto social brasileiro, consequentemente as suas formas de detecção precoce. O estudo revelou que o autoexame como prevenção do câncer genital masculino é uma prática pouco conhecida também entre caminhoneiros, apontando a carência de informação sobre essa temática e quando conhecida questiona-se sobre a qualidade da informação devido à baixa adesão. Evidenciou que os motoristas de caminhões mostram grande interesse em aprender sobre o autoexame do pênis e dos testículos. Acredita-se, que a sensibilização e conscientização nos aspectos da construção da masculinidade possa ser repensada com a política nacional da saúde do homem. Concluiu-se que as instituições de ensino e saúde precisam desenvolver estratégias que inclua os caminhoneiros na prática da promoção da saúde e prevenção de agravos.