A dependência química é constituída por sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos que traz consequências graves ao usuário, familiares e a comunidade. Uma das modalidades destinada ao tratamento para dependência química são as Comunidades Terapêuticas, que são modalidades de suporte residencial transitório, com tempo de permanência de até 12 meses, indicados para usuários de drogas psicoativas em condições clinicas estáveis. Este estudo teve como objetivo identificar o perfil sociodemografico de homens em tratamento para dependência química. Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa, realizada nos meses de janeiro a maio de 2018, com 21 homens internos em três comunidades terapêuticas masculinas, localizadas no município de Barra do Garças-MT (2) e Aragarças-GO (1). Para coleta de dados, realizada em janeiro a março de 2018, utilizou-se um questionário semiestruturado, aplicado posterior à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram lançados e analisados no programa Epi info versão 3.5.2. O estudo conta com aprovação ética da EERP-USP, sob o parecer 2.487.000. Dos 21 participantes do estudo verificou-se que o perfil sociodemográfico foi composto por homens com faixa etária entre 19 a 61 anos, prevalecendo pessoas com idade entre 19 a 29 anos (38%), solteiras (62%), pardas (62%), sem renda mensal (57%), com ensino fundamental completo (43%) e com religião (95%). Pode-se verificar ainda, que os participantes antes de iniciar o tratamento nestas comunidades terapêuticas, residiam com a esposa e filhos (29%), com os pais (19%) ou sozinhos (19%) e trabalhavam com serviços rurais (19%) ou mesmo não tinha profissão a declarar (14%). As cidades onde a maioria dos participantes residiam foram Barra do Garças-MT (33%) e Aragarças-GO (29%). Diante do exposto, o estudo apontou para um perfil de internos jovens e adultos, solteiros, com pouca escolaridade e adeptos a religião. Os dados revelaram a necessidade de conhecer o perfil das pessoas que fazem tratamento em serviços destinados a dependência química, de forma, que a partir desse conhecimento, facilite o planejamento de estratégias diretivas que busquem atender as necessidades de saúde desses usuários, contribuindo para uma melhor assistência e adesão ao tratamento.