Introdução: O envelhecimento populacional vem ocorrendo de maneira progressiva em todos os países (CHIBANTE; ESPÍRITO SANTO; AQUINO, 2015). Sendo assim, é urgente compreender as transformações na saúde dos idosos para garantir uma melhor qualidade de vida desta população (BRICEÑO; et al, 2015). Objetivo: Investigar os principais motivos que levaram aos idosos assistidos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) do município de Campinas, SP a tornar-se dependentes. Método: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizada entre setembro de 2017 e janeiro de 2018, com 88 cuidadores. O critério de inclusão foi: Ser cuidador informal e principal de idoso assistido no SAD. A amostra foi constituída pelos cuidadores, e não pelos idosos, devido ao grau de dependência dos mesmos. Resultados: Encontrou-se que 58,0% dos idosos eram do sexo feminino, com média de idade de 77,72 anos, 77,3% possuíam dependência total para as atividades instrumentais e 76,1%, tinham dependência total para as atividades funcionais. As doenças/agravos à saúde que foram os principais motivos relatados de dependência constituíram-se em acidente vascular encefálico (29,5%), demência/Alzheimer (23,9%) e câncer (22,7%). Discussão: O envelhecimento, somado ao adoecimento crônico, culmina na incapacidade dos idosos e, consequentemente, na dependência (ADELMAN; et al, 2014). As doenças crônicas são umas das principais responsáveis pelo aumento do número de idosos que precisam de algum tipo de ajuda (MIRANDA; et al, 2015). Em relação à doença que deixou o idoso dependente, o AVE, Alzheimer/demências e Câncer foram os mais citados neste estudo, corroborando com outros estudos (COSTA; et al, 2016) (KUCMANSKI; et al, 2016) (LAMINO; et al, 2014). A presença de AVE apresenta associação significativa com a incapacidade funcional (NUNES; et al, 2017) e é a terceira causa de morte mundial, precedida apenas pelas cardiopatias em geral e pelo câncer (COSTA; et al, 2016). Em relação ao Alzheimer, à medida que a gravidade da doença aumenta, há piora progressiva da dependência (SANTOS; BORGES, 2015). Assim, a manutenção da autonomia e da independência do idoso constituem importantes problemas de saúde pública (GRATÃO; et al, 2013). Conclusão: Nessa perspectiva, faz se necessário uma melhor articulação entre as redes de atenção à saúde, com foco na prevenção, tratamento e reabilitação das doenças crônicas degenerativas, bem como promoção, proteção e recuperação da saúde da pessoa idosa.