Introdução: Os profissionais que gerenciam serviços de saúde precisam ter conhecimento e equilíbrio emocional. No entanto, a falta de investimentos em infraestrutura e políticas públicas pode tornar as condições de trabalho precárias e favorecer o adoecimento do trabalhador, comprometendo o funcionamento e a efetividade dos serviços de saúde brasileiros. Objetivo: Avaliar qualidade de vida, engagement, ansiedade e depressão entre gerentes das Unidades de Saúde da Família. Método: Estudo transversal com 15 gerentes de Unidades de Saúde da Família. Dados coletados com Whoqol-bref; Escalas de Ansiedade (BAI) e Depressão de Beck (BDI-II); Utrech Work Engagement Scale (UWES). Resultados: 80,0% do sexo feminino, idade entre 24 e 55 anos. 20,0% apresentavam sobrepeso ou algum grau de obesidade. 53,3% casados e 46,7%, solteiros. 40,0% atuavam na Estratégia Saúde da Família entre um e dois anos e 33,3%, dois a cinco anos. Os escores de qualidade de vida foram superiores a 58,0. O maior escore foi para o domínio Físico (60,8) e o menor escore para o domínio Meio Ambiente (58,4). 33,3% apresentou algum grau de ansiedade e 26,7% tinha depressão leve. Os profissionais apresentaram nível médio de engagement em todas as dimensões da UWES. Conclusão: Os gerentes apresentam bom nível de qualidade de vida, com diminuição no domínio Meio Ambiente; os escores de engagement estão no nível médio. Os índices de ansiedade e depressão presentes podem ser decorrentes do desgaste profissional gerado pelo processo de trabalho gerencial.