Introdução: a qualidade de vida consiste em um fenômeno complexo, sendo indicador importante nas políticas públicas em geral e, também, como analisador no setor saúde. No caso da saúde de adolescentes este aspecto ganha contornos especiais, pois é fundamental a esta área a promoção da saúde, sendo a qualidade de vida componente e, concomitantemente, desfecho deste processo, para o qual igualmente contribuem profissionais de enfermagem, desde seu itinerário formativo. Objetivo: analisar a estrutura e o conteúdo das representações sociais da qualidade de vida de adolescentes na perspectiva de graduandos em enfermagem. Método: trata-se de estudo descritivo, qualitativo, pautado na abordagem estrutural das representações sociais. Participaram 51 graduandos em enfermagem, cursando a partir do 5º período. A coleta de dados se deu por meio de questionário sociodemográfico e técnica de evocações livres hierarquizadas ao termo “qualidade de vida do adolescente”, com análise por estatística descritiva e pelo quadro de quatro casas. Houve aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: como achados parciais, foram produzidas 322 evocações livres, das quais 163 eram diferentes. A média das ordens médias de importância das evocações foi de 2,96. Os conteúdos representacionais provavelmente centrais foram: educação; família; e saúde, sendo organizadores, estruturadores e geradores nas representações sociais em questão. A periferia da representação apresenta outros aspectos do cotidiano como integrantes deste fenômeno. Conclusão: as representações sociais dos graduandos em enfermagem sobre a qualidade de vida do adolescente comportou elementos próximos de sua área de inserção profissional, porém também conteúdos organizadores ligados a uma perspectiva emergente de concepção e modelo de cuidado em saúde.