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Anais - 21º CBCENF

Resumo

Título:
GRAU DE DEPENDÊNCIA DE PACIENTES INTERNADOS DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO
Relatoria:
MARINA RAMOS CIRNE
Autores:
  • Carmen Maria Casquel Monti Juliani
  • Simone Cristina Paixão Dias Baptista
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Oferecer um serviço de qualidade para a população pode ser difícil quando há escassez de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros. Nas instituições de saúde a equipe de enfermagem representa o maior número de recursos humanos. O Conselho Federal de Enfermagem estabeleceu, na Resolução 543/2017, parâmetros se baseando em características da instituição, dos serviços de enfermagem disponibilizados, e das especificidades do paciente. A Resolução traz cinco classificações de cuidado: mínimo ou auto-cuidado, intermediário, alta dependência, semi-intensivo e intensivo. Para classificar cada paciente nessas cinco categorias são usados diferentes questionários de bases teóricas, como a Escala de Fugulin que traz as características de cada classificação. O objetivo consiste em levantar o grau de dependência dos pacientes em unidades de internação de um hospital terciário. É um estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, a partir de dados secundários de um hospital terciário do estado de São Paulo. Para a coleta de dados foram incluídas quatro unidades de internação de pacientes clínicos: Clínica Médica I, Neurologia, Dermatologia e Moléstias Infecciosas e Parasitárias. Foi analisado o grau de dependência dos pacientes que estavam institucionalizados durante o período de 01 de janeiro a 31 de março de 2018. O grau de dependência foi avaliado por meio da Escala de Fugulin, que é composta por nove parâmetros e quatro possíveis alternativas para cada um deles, resultando em um escore que classifica o paciente. É aplicada pelos enfermeiros das respectivas unidades aos pacientes diariamente e registrado no prontuário eletrônico do paciente. O número de avaliações de grau de dependência realizadas foi de 6521, correspondendo a 6096 pacientes. Dessas avaliações, 501 foram classificados como paciente de cuidados intensivos, 661 como cuidados semi-intensivos, 1506 cuidados de alta dependência, 1289 cuidados intermediários e 2564 cuidados mínimos. As enfermarias de MI e Dermato apresentam as maiores taxas de pacientes em cuidados mínimos e menores de cuidados intensivos. Já as enfermarias de CMI e Neuro apresentam maiores taxas de pacientes em cuidados intensivos. Esse panorama reflete as características dos tipos de pacientes atendidos em cada unidade bem como suas complexidades, o que auxilia o enfermeiro na gestão de recursos humanos e de materiais, e também no treinamento da equipe focado no perfil do paciente.