Introdução: O uso do Brinquedo Terapêutico (BT) durante o cuidado da criança com câncer promove uma melhor compreensão da necessidade da hospitalização e dos procedimentos que serão realizados para seu cuidado. O BT pode ser utilizado favorecendo momentos de distração, suavizando o afastamento social e familiar. O adoecer e a hospitalização nesta fase da vida são fatores desafiadores para o desenvolvimento físico e mental da criança, que passa a ser submetida a tratamento doloroso em ambiente hospitalar. Nesta perspectiva, o uso do BT faz parte de um recurso educativo de recreação que utiliza a brincadeira e atividades lúdicas para a humanização do processo de cuidar à criança hospitalizada, permitindo que a atividade lúdica desenvolvida por voluntários no hospital pediátrico minimize a ansiedade e o estresse do tratamento. Essa atividade é benéfica tanto para a criança quanto para os voluntários, que através do cuidar passam a compreender o processo do adoecer colocando-se no lugar da criança e de seu familiar. Objetivo: Relatar a vivência de voluntários na Ação Curricular de Extensão (ACE) “O Brincar no Hospital” da Universidade Federal do Amazonas. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, do tipo relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem e de outras áreas que são voluntários da ACE, realizando voluntariado em um hemocentro na cidade de Manaus/AM, buscando o cuidado à criança com câncer hospitalizada com uso do BT. Resultados: Através das atividades desenvolvidas na ACE os voluntários passam a perceber a importância do cuidado à criança com câncer com uso do BT durante as brincadeiras, na visão deles, o uso do BT proporciona para a criança momentos de alegria, e ajuda a melhorar sua autoestima e aumenta sua interação com a equipe de enfermagem e familiares. Ao desenvolver essas ações utilizando o BT com a criança, os integrantes da ACE estabelecem um vínculo com esses pequenos pacientes que ensinam de forma singela e espontânea a vontade de sorrir e divertir-se até mesmo nas adversidades da vida vivida no momento. Esse vínculo favorece a empatia entre as crianças e os voluntários. Conclusão: Conclui-se que o brinquedo terapêutico promove uma melhor interação da criança com o voluntario, equipe de cuidado e família, permitindo que esse momento seja visto além do ambiente hospitalar, e sim como o cuidar com respeito e partilha.