Anais - 21º CBCENF
Resumo
Título:
EDUCAÇÃO EM SAÚDE ACERCA DO AUTOEXAME DAS MAMAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE
Relatoria:
AINOÃ DE OLIVEIRA LIMA
Autores:
- Najara Rodrigues Dantas
- Talles Homero Pereira Feitosa
- Rúbia Alves Bezerra
- Joab Gomes da Silva Sousa
- Olivia Almeida Duarte
- Naiane Alexandre de Sousa
- Antonia Daila Martins de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Públicas, Educação e Gestão
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A promoção e prevenção da saúde no sistema prisional feminino são asseguradas pelo Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP), no entanto, as necessidades de assistência às mulheres ainda se sobrepõem ao que é ofertado, havendo maior atenção na prestação dos serviços de saúde frente às necessidades femininas. O câncer de mama comumente afeta inúmeras mulheres em todo o mundo e no Brasil, a educação em saúde permite a detecção precoce necessária ao promover esclarecimentos às mulheres de como reconhecer, em seu corpo, possíveis alterações, sobretudo como realizar o autoexame das mamas (AEM), e desenvolver maior autonomia no cuidado. OBJETIVO: Relatar a importância da instrução do AEM para detecção e prevenção do câncer de mama junto a mulheres privadas de liberdade. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência de uma ação educativa realizada durante a disciplina de Educação em Saúde do 6º semestre do curso de enfermagem, com 10 mulheres privadas de liberdade na região centro-sul do Ceará. A ação foi realizada em junho de 2018 por sete acadêmicos em três momentos: roda de conversa, levantamento do conhecimento prévio sobre a temática e de possíveis dúvidas e demostrar a realização do AEM por meio de imagens e encenação. RESULTADOS: No primeiro momento, as participantes foram indagadas sobre o reconhecimento de sinais e sintomas do câncer de mama, estágios, suscetibilidade, prevenção e realização do AEM, as dúvidas que emergiram foram esclarecidas pelos discentes que seguiram a ação por meio de uma exposição dialogada onde as mulheres puderam realizar o AEM corretamente, identificar as alterações e compreender a importância do exame clínico das mamas. A cooperação e acessibilidade das mulheres permitiram a expressão de vários relatos, compartilhamento de experiências, que solidificaram o conhecimento. A ação obteve uma avaliação positiva, no entanto houve necessidade de continuidade das ações com outros temas referentes à saúde da mulher. CONCLUSÃO: Podemos reconhecer a importância da ampliação das ações educativas, sobretudo nos espaços de privação de liberdade, compreendendo a saúde como um direito de todos, contribuindo para redução de iniquidades humanas, permitindo a propagação do conhecimento e fortalecimento da promoção da saúde da mulher. Desse modo, essas ações devem ser propiciadas e continuadamente realizadas, tendo a enfermagem um papel crucial na disseminação de informações como educador em saúde.