Na assistência ao paciente cirúrgico, o uso da simulação se configura como importante ferramenta metodológica no auxílio ao desenvolvimento de aptidões necessárias para a atuação do enfermeiro nesse ambiente (GARBUIO et al., 2016). Objetivou-se relatar a experiência da simulação virtual do checklist na promoção da prática da cirurgia segura. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência de uma simulação virtual realizado na Escola de Formação de Profissionais de Saúde da Normandia, pertencente a Universidade de Rouen, França. A experiência foi vivenciada por alunas do Mestrado Profissional em Tecnologia e Inovação em Enfermagem, da Universidade de Fortaleza, no Centro Hospitalar Universitário de Rouen, durante o módulo internacional do mestrado, no período de novembro de 2017. No hospital universitário, foi oportunizado às mestrandas um programa de simulação tendo como cenário um centro cirúrgico virtual. A simulação permitiu a capacitação de graduandos e enfermeiros no período intraoperatório, utilizando como ferramenta tecnológica o checklist virtual com a finalidade de promover uma cirurgia segura. Durante o período foi possível, assistir cirurgias, bem como verificar as rotinas das atribuições dos enfermeiros, tais como: realizar atividades próprias do enfermeiro anestesista, punção de procedimento invasivos, além de outros cuidados. Nesse período, também, foi possível vivenciar outras realidades e que decerto contribuíram para reflexão e visão ampliada das práticas da enfermagem francesa e o impacto dessas práticas nos cuidados geridos pelo enfermeiro no centro cirúrgico. Como mestrandas, todos os momentos vivenciados no módulo internacional foram de ensino-aprendizagem, que reflete a realidade local, permitindo a identificação nas práticas e atribuições dos enfermeiros no centro cirúrgico. Nesse contexto, no Brasil, lançou em 2009 pela Organização Mundial de Saúde, a instituição do Protocolo de Cirurgia Segura que visa na assistência aos pacientes cirúrgicos, e como estratégia recomenda o uso do recurso de checklist em três etapas ou momentos: antes da indução anestésica, antes do início da cirurgia e antes que o paciente deixe a sala operatória. Nesse cenário, o intercâmbio se configurou como uma experiência ímpar, oportunizando em um crescimento profissional, permitindo desse modo refletir sobre a estratégia de simulação virtual do checklist na propagação de práticas que garantam a segurança do paciente.