Introdução: Os prontos-socorros são considerados uma das áreas do hospital com uma assistência mais complexa devido ao ritmo acelerado de trabalho e ao enorme fluxo de profissionais e clientes com as mais diversas patologias. O que torna esses serviços específicos e diferenciados em face de outros serviços de saúde. Quando o cliente chega nos serviços de urgência e emergência este será assistido por uma equipe multiprofissional de saúde, onde em grande parte dos casos, o gerenciamento destes serviços cabe ao enfermeiro. Esses profissionais planejam e organizam a estrutura e manutenção do setor, supervisiona, treina e lidera a equipe de enfermagem. Objetivo: Relatar a experiência de um acadêmico de enfermagem acerca da rotina de trabalho do enfermeiro no Pronto Socorro de um hospital público. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência quantitativo, descritivo e analítico realizado mediante o cumprimento de estágio extracurricular no Hospital Universitário Clemente de Faria, no município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil nos meses de maio e junho de 2018. O estágio conta com uma carga horária de 30 horas semanais distribuídas em 6 horas diárias de segunda-feira a sexta-feira, com a presença de supervisores enfermeiros. Resultados: Durante esses primeiros dois meses de estágio foram realizadas atividades de gestão e assistenciais, como o dimensionamento de pessoal, classificação de risco, montagem de escalas de plantões, organização do setor, transferências de clientes, procedimentos como todos os tipos de sondagens, punção venosa, curativos, exame eletrocardiográfico, atendimento à parada cardiorrespiratória dentre outros cuidados de enfermagem. Ainda há a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que é de difícil realização, devido à grande rotatividade do setor, ao grande número de clientes e de poucos profissionais. Foi identificado que muitas vezes o enfermeiro fica envolvido em situações de gerenciamento e organização que a parte assistencial é esquecida e a SAE acaba sendo não priorizada. Conclusão: O trabalho de um enfermeiro em um pronto-socorro é maçante, de muita responsabilidade e importância, acontece que o mesmo deixa de prestar uma assistência baseada em um conhecimento científico e passa a tomar conta de ações em que muitas das vezes poderiam ser realizadas por outro profissional.