A Mortalidade neonatal é uma subdivisão da taxa de mortalidade infantil que inclui as mortes ocorridas nos primeiros 28 dias de vida. O objetivo desta investigação foi analisar as causas, características e cuidados imediatos implementados a neonatos que evoluíram a óbito em uma maternidade de referência do nordeste brasileiro. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de cunho documental e abordagem quantitativa, realizado na Maternidade “Carmosina Coutinho”, em Caxias-MA, na qual foram analisadas 225 Fichas de Investigação de Óbitos Infantis e respectivas Declarações de Óbitos, de neonatos provenientes de mulheres residentes em Caxias-MA, atendidas no referido serviço, no período de 2010 a 2014. Os resultados mais importantes apontaram que 125 (55,5%) neonatos nasceram com peso entre 1500 e 3999 gramas; relativo à idade gestacional ao nascimento, 141 (63,8%) óbitos ocorreram entre 32 e 41 semanas. Os principais cuidados imediatos ao neonato foram a aspiração de vias aéreas (143 - 63,5%), medicamento endovenoso (87 - 38,7%) e oxigenoterpaia (150 - 66,7%). Relacionado ao Índice de Apgar, verificou-se tanto no 1º quanto no 5º, valores entre 7 e 9, em 80 (51%) casos e 114 (72,7%), respectivamente. No que tange à causa do óbito, 94 (39,1%) tiveram etiologia respiratória, 27 (11,2%) relacionaram-se à septicemia e 54 (22,4%) a outras causas. Portanto, compreende-se que algumas causas de óbito poderiam ter sido evitadas e/ou pelo menos minimizadas, por isso, sugere-se a instalação medidas protetivas à vida e à saúde do nascituro em diversos âmbitos de atenção e envolvendo os atores participantes de todo o processo: profissionais de saúde, gestores e família/gestantes.